quarta-feira, 19 de julho de 2017

Mal traçadas linhas 45

Por falar em bem-aventuranças

     A primeira entre elas fala de ser humilde. Etimologias à parte, vamos supor que signifique ser consciente de sua real condição. Por exemplo, a condição humana: onde há espaço para orgulho?

     Habacuque, o profeta, contrapõe fé a soberba. Ele diz que o soberbo não tem em si retidão. Mas o justo, vive de sua fé. Está aí outro elemento que confere precisão à real condição humana.

     Paulo Apóstolo aponta humildade como o principal destaque da personalidade de Jesus. Quando diz que não julgou como usurpação o ser igual a Deus. Esvaziou-se e assumiu a forma de servo.

     Está aí outra combinação de elementos que se equivalem e só ocorrem juntos: humildade, fé e serviço. Na vida humana, uma vez enxergada a real condição, resta crer e se entregar ao serviço.

     Nessa primeira bem-aventurança para os humildes, está escrito, deles é o Reino de Deus. Não quer dizer que têm um prêmio. Quer dizer que todos do Reino são humildes. Por isso enxergam e entram no Reino.

      Na entrevista com Nicodemos, Jesus o provocou a entender o conceito de Reino: não dirão ei-lo aqui ou acolá, porque o Reino é Deus em nós. Uma vez entendida a real condição, pela fé, Deus em nós.

     João Apóstolo diz, com respeito a uma palavra de Jesus, que este disse "eu e o Pai viremos para ele (para quem crer) e faremos nele morada".

      Bem-aventurados os humildes.

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