Por quê?
Diante da pergunta por que sou crente, uma variação possível de respostas podem ocorrer. Mas, de súbito, me ocorre dizer que, basicamente, há um ponto de partida.
Eu sou um canalha. E a consciência disso, por incrível que possa parecer, tem a ver com Deus. Por mais irônico que possa parecer, se não fosse por Ele, eu jamais admitiria isso.
Evidentemente há um círculo, talvez até restrito de pessoas, ora, admite-se, tenho 60 anos de vida, que folga em concordar e até, por que não dizer, deleita-se com o fato dessa afirmação.
Pois conta menos a opinião alheia, assim como a minha não contava também, até que Deus me colocou diante de mim mesmo. Daí em diante, não precisou ninguém mais acusar-me do fato.
Necessito, desesperadamente, do sangue daquela cruz. Não há, para mim outra, falo de mim mesmo, pois essa constatação é pessoal, eu a procuro como minha única saída.
Não me envergonho de dizer isso e, falar assim, só serve para mim mesmo. Tornar-se "crente" foi contingencial e, sendo assim, tornar-me um pastor, mais contingencial ainda. Não melhorei com isso.
Copio as palavras de Paulo, quando disse que, por amor da cruz perdem-se todas as coisas e tudo o mais é considerado refugo, a fim de se ganhar Cristo sem que se tenha justiça própria, senão aquela que vem por meio dEle, não de lei, não da carne, mas aquela cujo louvor só provém dEle.
Se há quem se alegre com minha confissão, concordando que sempre me soube um canalha, advirto que sua opinião não me interessa. Nesse caso, só interessa a minha.
Individualmente somos colocados, por Deus, diante da realidade de que, desesperadamente, carecemos da cruz de Cristo. E, pior para alguns, para quem é doloroso ter que admitir, todos em igual condição.
É melhor não rir de mim. Você também é canalha.
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