terça-feira, 4 de julho de 2017

Artigos soltos 20

   Visão de Ezequiel - final

   Numa visão como essa, desde seu prenúncio, passando pelo decorrer da cena e até o seu final, há um clímax.

   No caso de Ezequiel, deu-se quando divisou uma aparência metálica, bem no meio do cenário, assentada numa espécie de trono, por cima de um dado firmamento, que era fogo, dos lombos para cima e dos lombos para baixo.

   De novo, era uma figura humana. Desde que Deus afirma que vai criar homem e mulher a Sua imagem e semelhança, no Gênesis, pode crer, o Altíssimo reservava surpresas.

   Adiante na história, quando diz à mulher que o descendente dela, mordido no calcanhar, esmagará a cabeça da serpente, trata-se do prenúncio da revelação plena de Deus em Jesus.

   E no próprio Deuteronômio, a mais enfática advertência contra a idolatria enfatiza que nenhuma aparência foi vista nas teofanias, ou seja, nessas súbitas aparições de Deus em visões proféticas no Antigo Testamento.

   E quando houve, como no caso de Ezequiel, uma como forma humana ganha destaque. Para Deus dizer ao projeta quatro coisas: (1) esta era a forma da glória de Deus; (2) que, a partir de então, Ezequiel falaria "assim diz o Senhor"; (3) que quer ouvissem ou deixassem de ouvir, saberiam que no meio deles esteve um profeta; (4) que, para tanto, o profeta comesse o Livro, escrito por dentro e por fora.

   Veja você mesmo, conferindo e, para isso, sugiro a leitura atenta de 2 Coríntios 3, se não são (ou deixam, infelizmente, de ser) exatamente essas as características da igreja: (1) refletir a glória de Deus no rosto do crente; (2) falar no e ao mundo em nome de Deus; (3) ser profeta, no contexto social, quer ouçam, quer deixem de ouvir; (4) e, para tanto, "comer o Livro", ou seja, ler, viver e proclamar a Bíblia, exatamente nessa ordem.

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