E passei na tal Imobiliária *****, que não tinham ética nenhuma. Vamos explicar. A então noiva sugeriu e a saída vislumbrou-se. Os caras tinham um ap à venda. Era num edifício na Itendente Magalhães, que inicia ali no Largo do Campinho.
Vendido o Gol 1980 verde-musgo-metálico, um amigo tinha um amigo que estava a vender uma versão mais moderna, desta vez modelo 1984, mesma marca, porém carburação dupla.
Consumia uma gasolina doida, mas era de uma potência especial. Nele, várias vezes fiz Meier-Bangu, um namoro por lá, visto que o do Cachambi havia terminando. Mas isso é outra história.
Voltando ao ap onde somos encontrados, no início desta história, pois esse mesmo Gol prata 1984, por intuição, quando o adquiri, raciocinei que seria a entrada no ap exatamente para residência.
E estava justo no intervalo do namoro. O que configura providência de Deus, porque não havia ainda noiva no meu horizonte, porém apenas namorada, como candidata à posição. E exatamente se cumpriu esse desígnio.
Colocamos à venda. Eu estava iniciando o mestrado na PUC/RJ. Havia um casal de colegas, aliás ela e ele pastores, que se interessaram em comprar.
Lembro que foi, na época, 14 mil o valor, moeda de 1991/1992. Demos como entrada e garantimos o ap, para pagar 3 (três) prestações de 600, variando pela poupança.
Era um absurdo a poupança daquela época, você ganhava uma cota de 35 a 40% ao mês, para a inflação engolir 50%. Pedi que anotassem no contrato o valor, pois havia a expressão "variando pela poupança".
O interlocutor sem ética disse que não precisava, porque estava implícito. Eu infantilmente concordei. Quando fui pagar no mês seguinte, 30 dias após a entrada, ele mencionou o "variando pela poupança".
Então eu falei 600. Ele disse não, adicionando a variação daquele mês. Quando eu reclamei, ele argumentou que lêssemos o contrato. Pois já sabemos o que estava lá.
Foi cerca de 630 + 714 + 800 e tantos e terminou em 900 e lá vão outros. Deus é tão fiel, aliás, retire-se o "tão", nem precisa, é fiel, que nesse meio tempo, passei a receber, pelo mestrado da PUC, uma bolsa do CNPQ.
Ajudou no pagamento das duas últimas prestações. Porque a noiva, nessa altura, já oficializada, com ela combinamos dividir 1/2 + 1/2 as prestações. O primeiro 1/2 era meu. O outro, seria 1/4 + 1/4.
Esse primeiro 1/4 meus pais e o outro seria a noiva + os pais dela. Deu para esconder da noiva, para não alarmá-la, a jogada antiética da Imobiliária *****, porque eu cobri as iniciais. Na terceira prestação, essa da ordem dos 800, a gente redividiu.
Mas a última, foi suprida já com a ajuda da bolsa de estudos. Adquirido o ap. Agora, outra história foi a reforma do ap.
SEGUE
Nenhum comentário:
Postar um comentário