quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Memorial com Aires de plágio

3 de janeiro de 1995, com certeza

   Chegamos ao AP. Recém-casados, talvez, pelo menos, havia umas 4 a 5 horas. Lá estava uma pilha de presentes no chão. Alguns com bilhetes dos dadivosos convidados. Uns 400, segundo avaliação da oposição.

   Fomos dormir. A ideia, como até hoje, ora, quase 31 anos depois, foi estocar os supérfluos na casa da sogra, no caso, da esposa. Após essa conferência, no aprazado dia acima citado, fomos dormir.

   Ah, sim: esquecimento, a viagem de núpcias ficou para uma semana depois, por razões que podem ser mencionadas, no caso, fatos do calendário feminino.

3 de janeiro

   Dia seguinte, domingo, pudemos acordar mais tarde. Sol convidativo, havíamos decidido almoçar numa churrascaria na Barra da Tijuca. Agenda cumprida. Porém, para um casal duplamente contido, no caso, no apetite, a consumação foi mais cara.

    Estávamos de carro. Aqui, se não me falha a memória, foi o Escort marrom metálico, do amigo do sogro, agora o meu, amigo dele, bem-entendido, pois o motor caiu, e quem atendeu foi o Benvindo, em todas as horas, mecânico careiro, mas eficientíssimo, ali para oa lados da Aquidabã, morro acima na direção do Lins.

   Falando do AP

   Dia desses a conversa versou sobre onde morar. Os pais, agora os meus, ameaçavam sugerir que ocupassemos o ap deles ali no Meier. Nem pensar, advertiu a, na época, noiva. Nem titubeei.

   Mas ela, para corroborar, veio com a história do "eu te conheço", para frisar que jamais aceitaria ficarmos, de boa, no ap do Meier. Acho até que deve ter reforçado essa blindagem com a sogra (agora, a minha).

   Ora, dizia ela, por que não procurar naquela imobiliária perto de sua casa? Ridículo, eu achava. Argumentei, mas ora, como vou fazer para comprar? Eu não sabia, por absoluta incompetência financeira que, ainda que não fosse empregado, minha renda abaixo do abaixo, mas seria necessário ter os recibos da declaração de imposto de renda.

  Eu disse a ela: entendeu? Ela respondeu: custa passar? Foi o que fiz. Por ironia, chamada Ética a maledita que, lá na frente, vai trapacear. Compramos. Milagre esse.

SEGUE



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