A terra era(é) um jardim. Onde podemos encontrar sinais disso? Deu erva daninha. Aliás, danou-se o dono. Danaram-se, melhor, o casal que era dono.
Assim a Bíblia explica a entropia reinante. Desvanece toda a beleza. Nasce, cresce, viceja, floresce, murcha e morre. Beleza, sim, com prazo de validade.
Natureza pródiga. E prodigiosa. Dela fazemos parte. Mas vivemos em rebelião contra ela. Os únicos a não se sentir nela integrados. Rege-nos uma loucura.
Como explicar que o único ser que se autointitula racional, trabalhe contra si próprio? Destruidor. Mais uma vez lembramos a primeira advertência após a saída do Jardim.
Conhecemos que o nosso desejo é contra nós, porém a nós mesmos cabe dominá-lo. Daí, divide-se o mundo entre os que não o dominam e quem o domina. Com larga vantagem para os primeiros.
Quem domina seu instinto assassino, torna-se vítima dos que não o dominam. Abel dominou, tornou-se vítima do irmão que não dominou esse instinto.
Ponha seus olhos na criação, para ver nelas as marcas do Jardim nela presentes. Ponha seus olhos em você, para ver as marcas do Autor presentes. Para só então, uma vez confrontado, vencer o instinto assassino presente em você.
Há nostalgia. Memórias de um tempo em que tudo era beleza, a natureza se autosustentava, preservadas as marcas do Criador. Agora, que tudo lentamente definha, loucura não admitir. Mas bênção é aguardar, em Cristo, a restauração.
Há quem dê preferência à dupla ilusão: a primeira, de que o esvanecer-se confirma mesmo que nosso fim é o pó; a segunda, de que a beleza estampada na criação é pura ilusão. Desprovido da certeza de um Autor que cria, sustenta e preserva a vida.
Não há. Nunca houve jardim. Tudo se reduz a uma fórmula química magnífica em si mesma, exatamente por ser fruto do acaso. Será a primeira e única fórmula que, sendo perfeita, com resultado tão retumbante, seja fruto do nada.
A única criação sem Autor. Esse o absurdo. Traços do Autor na criação. Profecia permanente. Tenha olhos de ver e ouvidos de ouvir. O mesmo Jesus, presente na criação, redime-a, assim como nos restaura, como expectativa.
A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. Aleluia! Veja as marcas.
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