Em 11 de julho de 1969, um jovem de 20 anos caminhou para fora de um banco com 215 mil dólares num saco de papel. Depois disso, caminhou para fora da própria vida. E, por 51 anos, ninguém percebeu.
Professor Cid Mauro
sábado, 13 de dezembro de 2025
Theodore Conrad
Esta é a história de Theodore Conrad — o ladrão que não fugiu para longe, não se escondeu em becos escuros, não buscou refúgio em paraísos distantes. Ele desapareceu à vista de todos, reinventando-se como um vendedor de carros afável, um pai suburbano, um homem comum. Um fantasma vestido de normalidade.
O DIA EM QUE THEODORE CONRAD SUMIU
Era uma sexta-feira quente em Cleveland, Ohio. Society National Bank. Cédulas empilhadas para o fim de semana.
Era 1969: antes de câmeras, senhas, trancas eletrônicas — o mundo ainda acreditava na inocência.
Ted Conrad era apenas um caixa.
Discreto. Pontual. Invisível.
Mas invisíveis também são os sonhos — e os planos — daqueles que passam despercebidos.
Ele observou por semanas o ritmo do banco:
a rotina, as brechas, o instante exato em que o cofre ficava vulnerável.
E um filme acendeu o fósforo que faltava: The Thomas Crown Affair,
com Steve McQueen roubando bancos não por ganância, mas pela ousadia.
Ted comentou com amigos:
“Eu poderia fazer o mesmo.”
Riram.
Não deveriam ter rido.
Naquela sexta-feira, ele terminou o expediente como sempre — e saiu carregando um simples saco de compras.
Lá dentro, o equivalente a quase dois milhões de dólares atuais. Ninguém notou. Nem naquele dia. Nem no fim de semana inteiro.
Só na segunda-feira, quando o vazio do cofre fez a pergunta que ecoaria por décadas:
"Onde está Ted Conrad?" Seu apartamento estava abandonado. Seu quarto vazio como uma carta nunca escrita. Nenhum bilhete. Nenhuma pista. O rapaz de 20 anos simplesmente deixara de existir.
---
UM DESAPARECIMENTO PERFEITO
O FBI o procurou. Os U.S. Marshals o perseguiram por estados inteiros. Seu rosto estampou cartazes de “Procura-se”. E, no entanto, o rastro esfriou com a mesma suavidade com que ele caminhara para fora do banco.
Meses viraram anos. Anos viraram décadas.
E o caso, ainda aberto, virou poeira em uma prateleira. Todos presumiram: Fugira do país. Ou morrera. Ou vivia escondido sob identidades improváveis.
Mas Theodore Conrad estava apenas a 700 milhas dali. Vivendo uma vida tão normal que ninguém pensaria em olhá-lo duas vezes.
NASCE THOMAS RANDELE
Nos subúrbios de Boston, um homem chamado Thomas Randele vendia carros.
Carros de luxo, depois carros simples — mas sempre com o mesmo sorriso educado,
a mesma postura impecável de quem vive dentro da regra.
Casou-se nos anos 1980.
Teve uma filha.
Jogava golfe, pagava impostos, levava o lixo para fora nas noites de terça.
Não bebia demais.
Não mentia além do necessário.
Não cometia crimes.
Era o tipo de vizinho que empresta açúcar e pergunta sobre a família.
Sua história de vida tinha lacunas, reticências estranhas, mas nada alarmante.
Algumas pessoas são assim: guardam silêncios como fotografias antigas.
Durante 51 anos, Thomas Randele viveu como se fosse ele mesmo.
Quase convenceu o mundo inteiro.
Talvez tenha convencido até a si.
O SEGREDO QUE SÓ A MORTE PERMITIU CONTAR
Em 2021, aos 71 anos, recebeu o diagnóstico: câncer de pulmão.
O relógio, que por tanto tempo conspirou a seu favor, agora marcava a contagem regressiva.
Foi então — pouco antes ou pouco depois de morrer — que a família soube.
O marido, o pai, o amigo tão gentil… não se chamava Thomas.
Chamava-se Theodore.
O jovem que fugira do banco com um saco de papel em 1969.
Em novembro de 2021, os U.S. Marshals anunciaram:
o caso de 52 anos estava finalmente resolvido.
Compararam assinaturas antigas, registros, documentos, traços.
Tudo convergia para a mesma verdade silenciosa:
O vendedor de carros era o fantasma que o FBI procurara por meio século.
E ENTÃO, QUEM FOI TED CONRAD?
Foi um criminoso?
Sim.
Roubou dinheiro, traiu a confiança de colegas, mobilizou agentes por décadas.
Mas também foi um homem que, por mais de meio século,
viveu de maneira tão impecável
que ninguém imaginou olhar por trás da máscara.
Pagou impostos.
Criou uma filha.
Amou sua esposa.
Não se envolveu em nada ilícito — nunca mais.
Que peso carregou no peito ao longo desses 51 anos?
Dormia bem?
Se arrependeu?
Viveu com medo?
Esqueceu-se de quem foi?
Ele levou essas respostas consigo.
O túmulo é o cofre final.
O CRIME PERFEITO?
Não foi o valor roubado. Não foi a fuga cinematográfica. O crime perfeito é desaparecer tão completamente que quando finalmente te encontram… não importa mais.
Ted Conrad conseguiu. Viveu como quis. Morreu como viveu: no silêncio.
E deixou uma última pergunta suspensa no ar: Se o segredo fosse seu… você conseguiria guardá-lo por 51 anos?
A Floresta da Tijuca
Em 1844, após uma grande seca D. Pedro II do Brasil, propôs as desapropriações das lavouras de café e o plantio das áreas para salvar os mananciais do Rio. Em 1846, começaram as desapropriações de sítios cafeicultores a pedido do Imperador D. Pedro II. Em 1860 foram criadas a Floresta da Tijuca e a Floresta das Paineiras.
Projeto idealizado por D. Pedro II, que pretendia recuperar toda a área com um vasto reflorestamento, em nome das nascentes dos principais rios que abasteciam a cidade como seu grande gosto pela ecologia e estudo da botânica.
Foi a maior recuperação ambiental de todo mundo no século XIX e a maior recuperação ambiental do Brasil até hoje.
Manuel Archer e Tomás da Gama, foram respectivamente seus administradores e, possivelmente, cerca de 1.000.000.000 bilhão de árvores sem ajuda de uma tecnologia não existente na época foram plantadas manualmente entre 1846 e 1860. De 1875 a 1888, o Barão Gastão H. de Escragnolle foi o responsável pela Floresta da Tijuca.
Após a proclamação da República em 1889 e até 1890, pouco se fez e a partir de 1890 ficou sob guarda do Ministério da Viação, posteriormente da Saúde e, depois, da Agricultura.
De 1943 a 1976, a parte da Floresta da Tijuca esteve sob a guarda e a fiscalização da Prefeitura do Distrito Federal, depois, do Estado da Guanabara e do Município do Estado do Rio. As demais florestas protetoras de mananciais permaneceram com o Ministério da Agricultura desde 1941 até a criação do Parque.
Talvez mais do que em qualquer outro Parque Nacional, no da Tijuca ressalta o reflexo sócio econômico que a vizinhança traz para o adensamento demográfico da urbe.
Possui cerca de 59,91 km², sendo o segundo menor Parque Nacional do Brasil. Porém o maior Parque ambiental Urbano do Mundo. A cidade do Rio de Janeiro é o único grande centro urbano que possui um parque florestal de dimensão nacional no mundo.
Porém sua fauna, flora e dimensões estão diminuindo a cada ano.
A urbanização desregrada, favelas, queimadas e desmatamento são os principais responsáveis pelo fim do Parque.
O Parque Nacional da Tijuca é atualmente apenas 36% da área original que D. Pedro II reflorestou.
Nas primeiras décadas de República a Floresta não recebeu nenhum tipo de cuidado e preservação.
Um dos fatos mais interessantes que explicam uma grande parcela dos 64% de Parque destruído foi a Proclamação da República em 1889.
Com a Abolição da Escravatura em 1888, onde citava que todo ex-escravo receberia uma ajuda de custo e benefícios do governo para começar sua nova vida de liberdade.
Entretanto devido a encargos e burocracias parlamentares esse tópico importante do processo da Abolição criada por Pedro II e assinada por Princesa Isabel foi adiado para um pouco mais de 1 ano após a Lei Áurea. Sendo que a Monarquia Parlamentarista foi derrubada em um Golpe Militar algumas semanas antes do plano de ajuda aos ex-escravos chegarem a suas mãos. Plano idealizado por D. Pedro II e sua filha Princesa Isabel, que inicialmente começaram com recursos próprios e suporte de amigos milionários da época como o Barão de Santa Vitoria e o Visconde de Mauá (que ao contrário do que muitos pensam, nunca foi inimigo da monarquia e muito pelo ao contrário, mesmo depois da falência manteve correspondências com Dona Isabel e D. Pedro II sobre os avanços abolicionistas).
Apenas 5 semanas dividiram o futuro daquelas pessoas e os nossos...
Isso resultou miséria, desigualdade social extrema e violência sem tamanho.
Os ex-cativos por toda a vida foram totalmente dependentes de seus donos, isso inclui alimento e moradia, sendo livres, essa dependência acaba tanto no lado monstruoso que foi a escravidão, mas também gerando novos problemas sociais que duram até os dias atuais.
Os negros libertos roubavam inicialmente para comer e para ter o mínimo de recursos para sobrevivência.
Estamos falando de uma época que ninguém daria emprego aos ex-escravos, principalmente pelo preconceito gerado de séculos de escravidão, onde até hoje percebemos vestígios.
A solução de moradia seriam lugares onde não fossem terras particulares e que estivessem próximas ao centro urbano para facilitar a procura e as chances de um emprego honesto ou até mesmo para os furtos.
As montanhas cercam e são extremamente próximas a cidade, eram áreas públicas, mas totalmente abandonadas no começo da República, lugar perfeito para a construção de pequenas moradias.
Não existiu nenhum controle por parte do governo a respeito das novas construções irregulares e muito menos a preocupação com quem iria habitá-las.
Os registros da cidade do Rio de Janeiro da Biblioteca Nacional deixam claro que as primeiras pequenas favelas surgiram justamente nesse período de transição do Império para a República.
Sem dúvida a degradação da Floresta da Tijuca seria muito mais branda se providências fossem tomadas naquela época.
Atualmente a população de milhões de pessoas residindo nessas terras impossibilitam a remoção das favelas e o reflorestamento da área.
Estudos do IHGB e FGV entre 1990 e 2010, concluíram que se o reinado de Pedro II ou a continuação de seus planos por sua filha Princesa Isabel tivessem mais 12 anos de duração, 87% das favelas e por consequência 60% da violência e tráfico de drogas não existiriam na cidade do Rio de Janeiro e provavelmente em outras grandes metrópoles que emergiam na época.
Contamos com a sua ajuda!
Qualquer valor
http://vaka.me/1700811
© EQUIPE PEDRO II DO BRASIL
Copyright © 2012 2025
Ver no Instagram
Nova biografia de D. Pedro II
“Pela porta entreaberta, presenciei cena tocantíssima:
Ocultando o rosto com as mãos magras e pálidas, o Imperador chorava como um menino; por entre os dedos escorriam lhe as lágrimas, que caíam sobre as estrofes de Dante."
Ao chegar a Portugal, como exilado, Dom Pedro II ouviu de um jornalista:
— Vossa Majestade aqui não é um proscrito. Todos vos estimamos, respeitamos e reverenciamos.
O povo nas ruas de Lisboa, clamavam “Viva o magnânimo!”
O Conde Afonso Celso narra a visita de condolências que ele e seu pai, o Visconde de Ouro Preto, fizeram a D. Pedro II por ocasião da morte da Imperatriz:
“Era modestíssimo o seu quarto”.
A um canto, cama desfeita.
Em frente, um lavatório comum.
No centro, larga mesa coberta de livros e papéis.
Um sofá e algumas cadeiras completavam a mobília.
Tudo frio, desolado e nu.
D. Pedro II do Brasil não aceitou a ajuda financeira de seu sobrinho-neto D. Carlos I, rei de Portugal.
D. Carlos I lhe ofereceu voluptuosa quantia e um palácio para residir sem custos.
Mas Pedro II sabia que ali não era o seu lugar, não seria ético em sua visão.
Os joelhos envoltos num cobertor ordinário, trajando velho sobretudo, D. Pedro II lia, sentado à mesa, um grande livro, apoiando a cabeça na mão.
Ao nos avistar, acenou para que nos aproximássemos. Meu pai curvou-se para beijar-lhe a mão.
O Imperador lançou lhe os braços aos ombros e estreitou-o demoradamente contra o peito.
Depois, ordenou que nos sentássemos perto dele. Notei lhe a funda lividez.
Houve alguns minutos de doloroso silêncio.
Sua Majestade o quebrou, apontando para o livro aberto e dizendo com voz cava:
— Eis o que me consola.
— Vossa Majestade é um espírito superior. Achará em si mesmo a força necessária.
D. Pedro não respondeu.
Depois de novo silêncio, mostrou-nos o título da obra que estava lendo, uma edição recente da “Divina Comédia”.
Então, com estranha vivacidade, pôs-se a falar de literatura, a propósito do livro de Dante Alighieri.
Mudando de assunto, discorreu sobre várias matérias, enumerando as curiosidades do Porto, indicando-nos o que, de preferência, deveríamos visitar.
Não aludiu uma única vez à Imperatriz.
Só ao cabo de meia hora, quando nos retirávamos, observou baixinho:
— A câmara mortuária é aqui ao lado. Amanhã, às 8 horas, há missa de corpo presente.
“Saímos. No corredor, verifiquei que o meu chapéu havia caído à entrada do aposento imperial.
” Voltei para apanhá-lo.
“Pela porta entreaberta, presenciei cena tocantíssima:
Ocultando o rosto com as mãos magras e pálidas, o Imperador chorava como um menino; por entre os dedos escorriam lhe as lágrimas, que caíam sobre as estrofes de Dante."
Contamos com a sua ajuda!
Qualquer valor!
http://vaka.me/1700811
© EQUIPE PEDRO II DO BRASIL
Copyright © 2012 2025
D. Pedro II: a primeira selfie do Brasil
A Primeira "Selfie" da história do Brasil, não poderia partir de ninguém menos que nosso Imperador Pedro II . Um auto retrato.
Ele posicionou sua câmera fotográfica em uma mesa e com uma corda amarrada a ela, puxou o dispositivo para tirar a foto.
Pedro, em uma carta, revelou o segredo do ato: A corda passava por dentro de suas roupas e a mão dentro do seu paletó a puxou.
Auto retrato feito no Palácio de São Cristóvão, Rio de Janeiro, aproximadamente em 1860, Pedro II, com aproximadamente 35 anos.
A mais inusitada, um auto retrato feito por Dom Pedro, o que hoje chamariámos de selfie. "Eu diria que foi o primeiro selfie. Dom Pedro era um experimentador, buscava tecnologia. Devemos lembrar que a fotografia nesse período necessitava de um tempo longo de exposição para poder acionar e parar em frente ao equipamento", afirma o historiador e diretor do Museu Imperial Maurício Vicente Pereira.
Muito pouco se conhece até hoje dos amadores que naqueles primeiros anos teriam praticado a daguerreótipa e os processos subsequentes aqui no Brasil. O Imperador, teria sido um dos primeiros brasileiros a possuir e utilizar o equipamento.
Em 1840, aos 14 anos de idade, D. Pedro II, entusiasmado com a nova invenção apresentada por Compte, encomendou um Daguerreótipo a Felicio Luzaghy de Paris, por 250 mil réis, tornando-se assim, o primeiro fotógrafo brasileiro. Ele fez principalmente imagens de paisagens e retratos. Mais tarde, já um grande colecionador e um verdadeiro mecenas dessa arte, atribuiu títulos e honrarias aos principais fotógrafos atuantes no país. Promoveu a arte fotográfica brasileira e difundiu a nova técnica por todo o país.
Dom Pedro II foi um entusiasta da fotografia, seja como mecenas seja colecionador. Foi o primeiro brasileiro a possuir um daguerreótipo, e, provavelmente, o primeiro fotógrafo nascido no Brasil. Devido ao seu interesse no assunto, implantou e ajudou decisivamente o desenvolvimento da fotografia no país. Sua filha, a princesa Isabel (1846-1921), foi, inclusive, aluna do fotógrafo alemão Revert Henrique Klumb (?-c. 1886).
E, ao ser banido do país, em 1889, pelos republicanos, doou à Biblioteca Nacional a coleção de cerca de 255 mil fotografias, que então denominou, juntamente com a coleção de livros, de Coleção Dona Theresa Christina Maria. Segundo Pedro Vasquez, essa coleção é, até hoje, “o mais diversificado e precioso acervo dos primórdios da fotografia brasileira jamais reunido por um particular, e tampouco por uma instituição pública”.
A velocidade com que a notícia do invento do daguerreótipo chegou ao Brasil é curiosa: em 7 de janeiro de 1839, na Academia de Ciências da França, foi anunciada a descoberta da daguerreotipia, um processo fotográfico desenvolvido por Joseph Nicèphore Niépce (1765-1833) e Louis Jacques Mandé Daguerre (1787-1851); cerca de 4 meses depois, foi publicado no Jornal do Commercio, de 1º de maio de 1839, sob o título “Miscellanea”, um artigo sobre o assunto – apenas 10 dias após de ter sido matéria do Observer, de Nova York.
O interesse de dom Pedro II pela fotografia teve quase a mesma idade do próprio daguerreótipo: menos de um ano após o anúncio oficial da invenção, feito por François Arago, em 19 de agosto de 1839, na França, ele, aos 14 anos, adquiriu o equipamento, em março de 1840, mesmo ano em que o abade francês Louis Compte apresentou-lhe o invento, no Rio de Janeiro (Jornal do Commercio, de 17 de janeiro de 1840, na primeira coluna; e de 20 de janeiro de 1840, na terceira coluna).
Por sediar o Império, o Rio de Janeiro foi a capital da fotografia no Brasil.
O imperador foi retratado por diversos fotógrafos, dentre eles Marc Ferrez (1843-1923) e Joaquim Insley Pacheco (? – 1912), tendo conhecido praticamente o trabalho de todos eles. A fotografia passou a ser o instrumento de divulgação da imagem de dom Pedro II, “moderna como queria que fosse o reino”, segundo comenta Lilia Moritz Schwarcz no livro As barbas do Imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos, e torna-se também mais um símbolo de civilização e status.
Pedro II foi o primeiro monarca a oferecer seu real patrocínio a um fotógrafo, quando, em 1851, permitiu que Buvelot & Prat, que haviam realizado uma série de daguerreótipos de Petrópolis – todos desaparecidos – usassem as armas imperiais na fachada de seu estabelecimento fotográfico. Só 3 anos depois, a Rainha Vitória, da Inglaterra, também apreciadora da fotografia, conferiu ao fotógrafo Antoine Claudet (1797-1867) o título de Photographer in ordinary to the Queen.
Pedro doou pouco antes de sua morte muitas de suas possessões para o governo republicano brasileiro, que posteriormente foram divididas entre o Arquivo Nacional, o Museu Imperial, a Biblioteca Nacional e o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Sua única condição era que esse presente fosse nomeado em homenagem a sua falecida esposa, e assim hoje ela é conhecida como a "Coleção Teresa Cristina Maria". A coleção é registrada pela UNESCO como patrimônio da humanidade no Programa Memória do Mundo.
Contamos com a sua ajuda!
Qualquer valor!
http://vaka.me/1700811
http://vaka.me/1700811
http://vaka.me/1700811
http://vaka.me/1700811
http://vaka.me/1700811
http://vaka.me/1700811
© EQUIPE PEDRO II DO BRASIL
Copyright © 2012 2025
Nova biografia de Pedro II do Brasil será lançada em fevereiro 2026 em comemoração aos 200 anos de seu nascimento. A biografia contará com vários trechos do diário de Pedro II do Brasil entre 1839 e 1891 já no exílio. São trechos inéditos para o grande público e que nunca foram revelados antes em nenhuma biografia do monarca!
A EQUIPE PEDRO II DO BRASIL composta dos seus 6 historiadores foram responsáveis pela grande pesquisa que durou 6 anos de conteúdo inédito! Precisamos da ajuda de todos vocês para publicar todo o resultado desse trabalho em forma de um belo livro! Sem depender da máfia das grandes editoras! Precisamos da maior ajuda possível de todos vocês! Além de trechos inéditos do grande diário de Pedro II do Brasil, terão fotografias que nunca foram digitalizadas e trechos do raro diário do príncipe Pedro Augusto e da Princesa Isabel! Os trechos principalmente da Princesa Isabel são extremamente detalhados do dia-a-dia de sua família e momentos comoventes! Quem puder doar qualquer valor até 31 dezembro 2025 que é o prazo limite para conseguirmos concluir a publicação do livro físico e digital em 4 idiomas!
O Link do Financiamento Coletivo é o mesmo da Página.
https://www.vakinha.com.br/1700811
https://www.vakinha.com.br/1700811
https://www.vakinha.com.br/1700811
https://www.vakinha.com.br/1700811
https://www.vakinha.com.br/1700811
Precisamos de pelo menos R$ 95.000,00 para publicar essa preciosidade feita com muita pesquisa e trabalho sem remuneração e sem ajuda de nenhuma empresa! Parabéns aos historiadores que usaram os tempos mais livres para juntar todo o conteúdo, prejudicando momentos de descanso que é raro para os professores de nosso país! Temos amor e compromisso com nossa profissão e faremos o possível para realizar esse primeiro grande projeto para o grande público!
O Link novamente >>>
https://www.vakinha.com.br/1700811
https://www.vakinha.com.br/1700811
https://www.vakinha.com.br/1700811
https://www.vakinha.com.br/1700811
https://www.vakinha.com.br/1700811
Obrigado à todos que conseguirem doar qualquer valor!
http://vaka.me/1700811
Lançamento fevereiro 2026 Amazon.com
http://vaka.me/1700811
© EQUIPE PEDRO II DO BRASIL
Copyright © 2012 2025
http://vaka.me/1700811
𝑶 𝑴𝒆𝒓𝒄𝒂𝒅𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝑹𝒆𝒔𝒑𝒊𝒓𝒂𝒗𝒂 𝒐 𝑴𝒖𝒏𝒅𝒐❗
Houve um tempo em que o coração comercial do Rio batia a poucos passos da Praça XV, onde o mar encostava mais perto e os navios traziam não apenas mercadorias, mas histórias. Ali, o Mercado Municipal erguia-se como um organismo vivo, pulsante, desses que misturam cheiro, cor e vozes num mesmo caldo — um caldo tão forte que, dizem, impregnava a roupa de quem apenas atravessasse seus corredores.
Era cedo quando a cidade chegava inteira ali. Nas bancas, amontoavam-se frutas que pareciam inventadas pela luz: mangas douradas, abacaxis perfumados, melancias que prometiam quebrar a sede de qualquer alma cansada. Mas havia também produtos vindos de tão longe que pareciam contrabandear universos: queijos portugueses embrulhados em panos úmidos, bacalhau empilhado como pedras de um castelo antigo, temperos árabes que deixavam no ar um sopro de deserto. Da França vinham perfumes que ninguém comprava, mas todos cheiravam. Da África, tecidos que pareciam conversar com o vento. Da Ásia, porcelanas com desenhos tão delicados quanto um pensamento bonito.
E no meio dessa geografia que se dobrava inteira dentro do mercado, surgiam personagens que, de tão marcantes, pareciam fazer parte da arquitetura. O velho Lourenço, por exemplo, pescador aposentado, que chegava todos os dias para conversar com quem quisesse ouvir — às vezes até com quem não queria. Contava histórias da Baía de Guanabara antes da pressa, dos peixes que, segundo ele, saltavam sozinhos para o barco “por amizade”.
Havia também Dona Rubina, a rainha das especiarias, capaz de adivinhar o temperamento de uma pessoa só pelo aroma que ela buscava. “Quem procura canela tem poesia guardada”, dizia, enquanto pesava pacotinhos com a delicadeza de quem pesa sonhos.
Não faltavam acontecimentos marcantes. Houve o dia em que um navio atracou trazendo laranjas gigantes, quase mitológicas. A cidade inteira correu para ver. Houve o susto de um pequeno incêndio num dos galpões, que por milagre foi contido sem maiores danos — e que uniu feirantes como uma família improvisada. Houve visitas ilustres: políticos, escritores, artistas que vinham observar “a alma da cidade” concentrada ali. Dizem que Machado de Assis gostava de caminhar silenciosamente entre as bancas, recolhendo gestos, frases, olhares — matéria-prima eterna de suas criações.
Mas, acima de tudo, o Mercado era um ponto de encontro. Gente de todos os cantos, de todas as posses e de todos os humores cruzava-se ali, numa coreografia desordenada que só o Rio saberia inventar. E talvez por isso, quando o mercado finalmente desapareceu do mapa, permaneceu no coração: não como um prédio perdido, mas como uma memória que insiste em viver em cada esquina onde o comércio popular ainda resiste.
Afinal, certos lugares não são feitos de paredes, e sim de encontros — e desses o velho mercado tinha de sobra.
.
__ crônica histórica-ficcional inédita.
👉 Esse texto está na minha Página de escritor. Sua participação me ajuda, clique no post original, siga, curta e comente lá — isso me ajuda muito a continuar escrevendo 🙏.
.
__ Todos os livros disponíveis em e-book e impresso.
__ Você que gosta de histórias e literatura de qualidade se inscreva no grupo “Crônicas Que Tocam”, e além disso ganhe livros grátis e descontos por menos que um cafezinho por mês - link nos comentários do meu perfil.
.
.
#cronicasquetocam #carlosacoelho #ApoieALiteratura #cronicas #literatura #livros #editorauiclap #amazonbooks 𝑴𝒆𝒓𝒄𝒂𝒅𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝑹𝒆𝒔𝒑𝒊𝒓𝒂𝒗𝒂 𝒐 𝑴𝒖𝒏𝒅𝒐❗
Houve um tempo em que o coração comercial do Rio batia a poucos passos da Praça XV, onde o mar encostava mais perto e os navios traziam não apenas mercadorias, mas histórias. Ali, o Mercado Municipal erguia-se como um organismo vivo, pulsante, desses que misturam cheiro, cor e vozes num mesmo caldo — um caldo tão forte que, dizem, impregnava a roupa de quem apenas atravessasse seus corredores.
Era cedo quando a cidade chegava inteira ali. Nas bancas, amontoavam-se frutas que pareciam inventadas pela luz: mangas douradas, abacaxis perfumados, melancias que prometiam quebrar a sede de qualquer alma cansada. Mas havia também produtos vindos de tão longe que pareciam contrabandear universos: queijos portugueses embrulhados em panos úmidos, bacalhau empilhado como pedras de um castelo antigo, temperos árabes que deixavam no ar um sopro de deserto. Da França vinham perfumes que ninguém comprava, mas todos cheiravam. Da África, tecidos que pareciam conversar com o vento. Da Ásia, porcelanas com desenhos tão delicados quanto um pensamento bonito.
E no meio dessa geografia que se dobrava inteira dentro do mercado, surgiam personagens que, de tão marcantes, pareciam fazer parte da arquitetura. O velho Lourenço, por exemplo, pescador aposentado, que chegava todos os dias para conversar com quem quisesse ouvir — às vezes até com quem não queria. Contava histórias da Baía de Guanabara antes da pressa, dos peixes que, segundo ele, saltavam sozinhos para o barco “por amizade”.
Havia também Dona Rubina, a rainha das especiarias, capaz de adivinhar o temperamento de uma pessoa só pelo aroma que ela buscava. “Quem procura canela tem poesia guardada”, dizia, enquanto pesava pacotinhos com a delicadeza de quem pesa sonhos.
Não faltavam acontecimentos marcantes. Houve o dia em que um navio atracou trazendo laranjas gigantes, quase mitológicas. A cidade inteira correu para ver. Houve o susto de um pequeno incêndio num dos galpões, que por milagre foi contido sem maiores danos — e que uniu feirantes como uma família improvisada. Houve visitas ilustres: políticos, escritores, artistas que vinham observar “a alma da cidade” concentrada ali. Dizem que Machado de Assis gostava de caminhar silenciosamente entre as bancas, recolhendo gestos, frases, olhares — matéria-prima eterna de suas criações.
Mas, acima de tudo, o Mercado era um ponto de encontro. Gente de todos os cantos, de todas as posses e de todos os humores cruzava-se ali, numa coreografia desordenada que só o Rio saberia inventar. E talvez por isso, quando o mercado finalmente desapareceu do mapa, permaneceu no coração: não como um prédio perdido, mas como uma memória que insiste em viver em cada esquina onde o comércio popular ainda resiste.
Afinal, certos lugares não são feitos de paredes, e sim de encontros — e desses o velho mercado tinha de sobra.
.
__ crônica histórica-ficcional inédita.
👉 Esse texto está na minha Página de escritor. Sua participação me ajuda, clique no post original, siga, curta e comente lá — isso me ajuda muito a continuar escrevendo 🙏.
.
__ Todos os livros disponíveis em e-book e impresso.
__ Você que gosta de histórias e literatura de qualidade se inscreva no grupo “Crônicas Que Tocam”, e além disso ganhe livros grátis e descontos por menos que um cafezinho por mês - link nos comentários do meu perfil.
.
.
#cronicasquetocam #carlosacoelho #ApoieALiteratura #cronicas #literatura #livros #editorauiclap #amazonbooks
sexta-feira, 12 de dezembro de 2025
São hinos
1. Jubilosos Celebrai
https://www.instagram.com/reel/DRkSH2UgC3h/?igsh=OXZpdzJ5OXBtc3Zi
2. Jesus, toma conta
https://www.instagram.com/reel/DRkSH2UgC3h/?igsh=OXZpdzJ5OXBtc3Zi
Diversidade e pluralidade
Cara Mestra e caros colegas:
Desculpem-me, mais uma vez, pela intervenção de ontem em nossa aula. Minha reação tem a ver com a minha profunda tristeza em constatar que pessoas, não verdadeiramente evangélicas, ajam com violência contra nossos irmãos religiosos de matriz africana. Não são, repito, verdadeiros evangélicos. Porque verdadeiros evangélicos jamais agiriam desse modo, por tal violência. Porque Jesus jamais foi violento. Mas eu admito, como mencionei ontem, existir muita ignorância entre nós, sendo necessário e muito urgente compreender os pontos de vista dessa cultura tão ampla, tão injustiçada, porém tão determinante em nossa formação, que são os irmãos de matriz africana. Mas também admito que a riqueza doutrinária da religião deles e sua cosmovisão são muito diferentes da concepção doutrinária e da cosmovisão dos evangélicos. Mas isso não deve afastar, e sim, mais determinantemente ainda aproximar. Porque isso se constitui pluralidade e diversidade. Deve ocorrer uma complementaridade cultural, como em alguns pontos tem ocorrido, mas na área da religião precisa ser aprofundada. Certamente, é por isso que essa postura aqui praticada de pesquisa, imersão cultural e diálogo se torna especial e essencial. Prossigamos, conscientes do que aproxima, por ser feição dos mesmos valores, mas também conscientes de que o que torna diferente, também é essencial porque constitui identidade, mas não deve e não pode afastar.
Assinar:
Comentários (Atom)


















