Salmos 116:12
Fantástica a tentativa do salmista em responder essa pergunta. Aliás, acaba por atribuir a única resposta possível.
Num versículo à frente compromete-se a tomar o cálice da salvação. Mas esta não é mais uma dádiva? Sim. A maior.
A palavra-chave é "todos". Deus somente nos dá benefícios. Paulo Apóstolo inicia a carta aos Efésios numa forma redundante:
"Bendito o Deus de bênçãos que nos abençoa com toda a sorte de bênção". E viu Deus tudo o que havia feito e eis que era bom.
Jesus dizia de seu Pai que trabalhava até agora. Isaías dizia que Deus trabalha por todos que nEle esperam.
Com a salvação Deus, mais do que abençoar, somente, quer nos atrair para Si. Bênçãos não são iscas que atuem como atrativos ocasionais.
Deus, em sua solidão existencial, não resolveu repartir com anjos sua imagem e semelhança. Mas intentou e fez assim com homens e mulheres. Fez-se homem em Jesus para dar cabo dessa intenção.
Está tudo consumado, como disse, na cruz, Jesus. Deus reparte a Si mesmo. Deus é amor e deseja que andemos em amor como Jesus Cristo andou. Assim, com esta admoestação, Paulo Apóstolo coroa sua argumentação doutrinária na carta aos Efésios:
Sede imitadores de Deus como filhos amados e andai em amor como também Cristo Jesus andou. Esse é o cálice da salvação. Inteiro, tomado até a última gota (de sangue).
Preparas-me uma mesa diante de meus adversários, unges-me a cabeça com óleo e o meu cálice transborda. Deus não tem adversários. Porque a seu tempo Jesus morreu por todos os inimigos, entre os quais todos nós estávamos antes da fé.
Mas Deus prova seu amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós sendo nós, ainda, pecadores. Quer outra demonstração de amor? Desista. Não há. É única. Então, creia nisto.
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