quinta-feira, 29 de setembro de 2016


     
      A personalidade de Daniel

    Todos nós temos uma. Trata-se de um conjunto de características que definem nosso modo de ser. Elas acabam por definir uma espécie de “impressão digital” social, pela qual somos reconhecidos. Acaba sendo composta por aspectos individuais, somados aos aspectos sociais, visto que todo ser humano é relacional.

    O Cristão a tem retocada, desde sua conversão. A Bíblia diz que nos tornamos semelhantes a Jesus. Mais do que isso: somos (re)criados em Cristo, a partir dessa matriz, retocados pelo trato divino. Daí somos chamados a ser modelo, no contexto social, do que Deus requer de todos, que se entreguem a Ele para esse processo, chamado regeneração. A personalidade do Cristão, por definição, é atraente e atrativa.

   Daniel constituiu-se a si mesmo assim. Se você acompanhar o diálogo de Daniel com o funcionário do império, responsável pelo preparo dos jovens de elite que o rei sequestrou em Jerusalém, na primeira leva de exilados, em 605 a.C., vai perceber o modo elegante com que Daniel o convence de que uma outra postura, com respeito aos jovens judeus, deveria ser assumida.

   Primeiro, Daniel “pediu ao chefe dos eunucos”. Não havia outra coisa a fazer, porque todos os jovens estavam a ele subordinados. Portanto, uma vez assumindo que não iria contaminar-se e nem seguir a agenda do trainning babilônico, só restava a Daniel ser convincente porém, principalmente, humilde em sua negociação. Em segundo lugar, o texto bíblico diz que “Deus fez com que Daniel achasse graça e misericórdia”. Ora, a prova de que a decisão de Daniel era, antecipadamente, confirmada por Deus, foi que o chefe dos eunucos concordou e ainda se tornou cativo de uma sábia decisão.

     Em terceiro lugar, o texto diz que “achou-os dez vezes mais doutos”, ou seja, a receita de Daniel e seus companheiros tornou-se padrão e foi confirmada como superior. Somos chamados, como igreja, a ser padrão perante o mundo. A nossa receita, com relação a vários comportamentos e posturas, torna-se padrão e se mostra melhor, com resultados superiores ao padrão do mundo. Resta-nos valorizá-la. Resta fazer a decisão certa. Resta-nos reunirmos condições para ter sabedoria, como Daniel, e fazer sempre a escolha certa.

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