quarta-feira, 14 de abril de 2021

Há sempre um dia dos humildes começos

   

    Tudo tem um começo. Como diz Zacarias, no seu livro, trata-se do "dia dos humildes começos". Aqui no Acre, em fevereiro de 1995, começamos residindo na casa da colina, no bairro chamado Floresta, ironicamente com acesso pela Rio de Janeiro, no Conjunto Bela Vista.

     Certa manhã de sol, ou tarde, não me lembro bem, chegou ao portão dessa nossa residência a irmã Graça Silveira, porque na Congregação havia duas, para dizer que no colégio onde ela trabalhava, o Dom Giocondo Maria Grotti, havia carência de professor de língua portuguesa.

      Ela conferiu minha formação, espantada com esse desperdício, numa cidade onde, e até aquele momento eu não sabia, havia carência tão grande desses profissionais, da disciplina cujo curso eu completara, ainda no Rio, em 1988, com licenciatura plena na UERJ. E, nesse ano letivo de 1995, já chegávamos a abril sem professor naquela escola.

      A irmã Graça era professora, na época, do 1° grau, 1a à 4a série, e eu seria de 5a à 8a série nessa escola mista da rede municipal. Eu logo perguntei a ela, mas irmã, como poderei ajudar sem concurso público? Ela informou que seria somente passar pela Secretaria de Educação do Município, na época ali no Aviário.
 
      Rápido e lépido. Como ela me informou, um documento datilografado, em poucas linhas, encamihava-me à Profa Letiva, diretora da escola, situada num aprazível ponto, na entrada do Conjunto da Cohab do Bosque. Eu acessava com o Gol 1000, 1994, que tínhamos, por vezes, estacionando no reservado da antiga Eletroacre, na entrada da rua de acesso à escola.

      Ali fiquei durante o ano de 1995. Em 1996, ano em que o missionário Nelson Rosa, pioneiro aqui no Acre, com sua esposa Josilene, desde 1984, iriam para Porto Velho, iniciar ali o trabalho missionário, eu o substituí na Escola Humberto Soares, no bairro José Augusto, já em 1996.

      Ele era professor de Ensino Religioso, também para as 5a à 8a séries. No ano seguinte, em 1997, eu fiquei lecionando língua portuguesa, porque outra professora me substituiria, e haveria carência nessa disciplina. Foi no final desse ano que fiz o concurso que me habilitou lecionar no Ensino Médio, no Colégio Barão do Rio Branco, por 16 anos seguidos, de 1998 a 2014.


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