sexta-feira, 17 de abril de 2020

REGRESSO DA OVELHA PERDIDA

Triste ovelha tresmalhada,
Combalida, sem vigor,
Volta agora à doce aguada
De Jesus, o Bom Pastor.
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A vagar, longe do aprisco,
Longos dias padeceu.
Restolhando o solo arisco,
De avidez quase morreu.

Bebeu águas poluídas
Para a sede mitigar.
Viveu horas doloridas,
Relembrando o antigo lar.

Fatigada, muitos dias,
Procurou satisfação
No ambiente das orgias,
Do pecado e da ilusão.

Mas Jesus, a cada instante,
Em seu coração lhe diz:
-- "Quem renega o lar distante
    Nunca pode ser feliz."

E Jesus sempre aconselha,
Com brandura e com amor:
-- "Volta agora, minha ovelha,
     Ao redil do teu Pastor."

"Muita relva verde e fina
Cá te espera, no teu lar.
Fonte de água cristalina
Tua sede irá matar."

"Lindo bosque de palmeiras,
Farfalhante, acolhedor,
Findará tuas canseiras,
Nesses dias de calor."

"Foge do louco borborinho
Desse mundo tão cruel!
Volta os passos no caminho,
Volta agora ao teu plantel!"...
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.... A ovelhinha, triunfante,
      Vislumbrando excelsa luz,
      Regressou, naquele instante,
      Para os braços de Jesus...

                Sepetiba, 21/6/1973.
                    Nelson L. Mattos

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