Ei, prosélito!
Todos somos, ou já fomos, prosélitos. Aliás, o cristianismo começou arregimentando prosélitos dentro do judaísmo.
Isso porque, na mentalidade do Novo Testamento, eles haviam parado no tempo, não entendendo que em Jesus cumpriam-se tempos e profecias.
Sintetizavam-se nEle a Lei, os Profetas e os Salmos. Se não enxergavam isso em Jesus, era porque pararam no tempo e no espaço.
Os que enxergaram em Jesus o cumprimento das Escrituras, tornaram-se prosélitos do nascente cristianismo. Porque é assim mesmo.
O tempo avança, as religiões envelhecem, seus templos empoeiram-se e seus postulados caducam.
Vinho novo em odre velho. Quem pensa que o cristianismo é a religião definitiva, que chegou implodindo o judaísmo, não entendeu nada.
Todas elas caducam. Por isso tanta fúria contra os que quebram suas doutrinas. Por isso fariseus/saduceus e companhia resolveram eliminar Jesus.
E no final, ninguém quis responsabilizar ninguém. Romanos lavaram as mãos e judeus pediram que, sobre suas cabeças, caísse o sangue derramado.
Ei, prosélito. Eu sou um prosélito. Seguidor de ocasião. Foi muito bom Lutero, nesses mais recentes 500 anos, ter deburocratizado a fé.
Existe um Deus. Santo, justo e eu impuro pecador. Esse Deus me vê como nem eu mesmo admite. Ele resolve se fazer homem para estabelecer mediação entre nós.
Por tanto (isso mesmo, por muito), tenho acesso a Ele, em nome e pelo nome de Jesus, sem burocracia. Não. Não se trata de fundamentalismo. Trata-se de fundamento.
Radical, assim. Em todos os sentidos.
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