Amados irmãos da diretoria da
Missão Evangelizadora do Brasil e de Portugal
Em conversa prévia com o pastor Gustavo Costa, da Igreja Evangélica Fluminense, fomos comunicados de seu desejo, juntamente com essa Missão e irmãos seminaristas, iniciar um trabalho no Norte do Brasil, especificamente no Acre, numa proposta de parceria com o Projeto Chácara já desenvolvido pelos irmãos da Congregação no Acre.
Desejamos expor nossa visão dessa empreitada, visto que algumas condições são necessárias, a fim de que uma futura ou possível parceria seja concretizada:
1. A chácara vem sendo adquirida pelo grupo da Congregação e já se encontra em nome da futura Igreja Evangélica Congregacional do Manoel Julião;
2. Isso objetivamente implica dizer que o Projeto assim desenvolvido tem concepção e implantação específica dos irmãos e pastor que já o desenvolvem, evidentemente, abertos e, inclusive, desejosos de um tipo qualquer e sugestivo de parceria;
3. Porém, diante do exposto na prévia conversa acima mencionada, há intenção de uma amplitude de ministérios, citados que foram ribeirinhos e, provavelmente, tribos indígenas e, ainda, implantação de um Seminário;
4. Muito embora a implantação de um Seminário, a longo prazo, seja nosso desejo, nosso imediato desejo é implantar um Acampamento específico para crianças, dentro do modelo e necessidades da clientela que já atendemos;
5. Para tanto, estamos terminando a construção da residência do caseiro e preparando a casa maior exclusivamente para salas de interesse para atividades com crianças e, eventualmente, nas temporadas, utilizada como dependências para o acampamento;
6. Avaliamos, portanto que, para uma efetiva parceira a ser combinada, relacionada a objetivos comuns cuidadosa e objetivamente planejados, será necessário à MEBP, caso seja essa Missão que vá empreender essa empreitada missionária, com ribeirinhos e, eventualmente, indígenas, uma base específica que abrigue sua liderança e seus missionários em campo avançado no Acre;
7. Avaliamos incompatíveis os objetivos da Missão e aqueles de nosso Projeto, caso se misturem num mesmo local, no caso a chácara em questão, já planejada e disponibilizada para os objetivos de nosso Projeto, que envolvem espaços para a comunidade, como sala de leitura, reforço escolar, assistência médica, nutrição, assim como retiros, convenções, eventos diversos, enfim, atividades que exigem a disponibilização dos cômodos da casa, não comportando hospedagem fixa;
8. Avaliamos, também que, caso a empreitada da Missão tenha a amplitude que, na conversa prévia entre eu e pastor Gustavo ficou configurada, mais ainda se torna imperioso um local específico para uma futura base da Missão no Acre;
9. Parceria implica definição de objetivos em comum e, para tanto, a Missão é estreante no Acre. Não diminuo, evidentemente, a capacidade dos irmãos e rapidez de adaptação. Mas o que questiono é a distância no espaço e no tempo, decorridos 21 anos em que estou aqui e as diferenças de visão entre os irmãos do Rio e minha liderança aqui;
10. Respeito, melhor dizendo, esforço-me por respeitar o ponto de vista alheio e, para isso, começo respeitando o meu próprio ponto de vista. Por isso não julgo fácil, rápido e pronta a adaptação da visão dos irmãos às realidades do Norte, mormente adaptação à visão minha, especificamente, tão peculiar e de convivência imprevisível, visto meu isolamento por tanto tempo;
11. Por isso não desejo, e essa é a visão que vou transmitir aos meus liderados, que num mesmo e específico local possamos estabelecer ministério(s) de visões diferenciadas. Acredito que uma parceria será possível, bem planejada e posta em prática caso, antecipadamente e antes de qualquer aventura, por usar este termo, da Missão no Acre, se os irmãos conseguirem uma base própria para sua liderança e missionários, como ponto de partida de todas as ações nessa parte do Norte do Brasil.
12. Em minha visão, uma parceria necessita de um fórum neutro e de planejamento contínuo, uma base avançada para que, desde muito cedo, missionários e/ou representantes da Missão possam realizar diligências e planejamentos no Acre, bem como discutir e implantar parcerias. Creio ser essa medida essencial para o bom relacionamento com o Projeto já em andamento, preservadas as diferenciações e preservada a amplitude e os desafios que, ainda mencionando a conversa prévia, parece-me ter consigo a Missão.
Certos de que os passos para uma possível caminhada em conjunto já estão sendo dados e rogando ao Espírito luz, sabedoria e assistência a nós, despedimo-nos, na graça de Deus.
Cid Mauro Araujo de Oliveira.
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