segunda-feira, 28 de julho de 2025

Proclamações da República na Europa e no Brasil

 A principal diferença entre as revoluções republicanas na Europa (como as de 1848) e a Proclamação da República no Brasil (1889) está no modo como aconteceram e na participação popular.


Diferença central:

Revoluções republicanas europeiasProclamação da República no Brasil
Movimentos populares e sociaisGolpe militar, sem participação popular
População foi às ruas, lutou por direitos civis, voto, reformas sociaisO povo não participou nem foi consultado
Pressão vinda de trabalhadores, burgueses, estudantes, intelectuaisA iniciativa partiu de militares e elite republicana insatisfeita com o imperador
Muitas vezes sangrentas e com barricadasAconteceu de forma pacífica e rápida, sem resistência

🧭 Explicando melhor:

🇪🇺 Na Europa (1848):

  • Revoluções como a da França, Alemanha, Itália e Áustria tiveram forte mobilização popular.

  • Exigiam sufrágio universal, fim dos privilégios, constituições democráticas e governos republicanos.

  • Eram parte de um movimento social de massa, com barricadas, conflitos armados e participação popular direta.

🇧🇷 No Brasil (1889):

  • A Proclamação da República foi feita por um grupo de oficiais militares liderado por Marechal Deodoro da Fonseca.

  • A população soube pelos jornais — não houve guerra, protestos ou plebiscito.

  • Foi mais uma mudança de regime do que uma revolução social.


📝 Conclusão:

A proclamação da república na Europa foi resultado de lutas populares e sociais, enquanto no Brasil foi um ato político-militar sem engajamento popular direto. Ou seja, na Europa houve revolução popular; no Brasil, houve golpe de Estado com caráter elitista.

Se quiser, posso montar um infográfico comparativo com essas diferenças. Deseja isso?

Relação entre a Primavera dos Povos e a Proclamação da República no Brasil

 A relação entre as Revoluções Europeias de 1848 e a Proclamação da República no Brasil (1889) não é direta e imediata, mas existe uma ligação indireta e ideológica importante. Aqui está um resumo das conexões principais:


🔗 1. Difusão de Ideias Liberais e Republicanas

As Revoluções de 1848 espalharam pela Europa ideias como:

  • Fim da monarquia absoluta

  • Liberdades civis

  • Sufrágio e participação política

  • República como modelo de governo

➡ Essas ideias influenciaram intelectuais e militares brasileiros ao longo do século XIX, especialmente durante o Segundo Reinado.


📚 2. Influência sobre a elite intelectual e militar brasileira

  • Militares formados em academias inspiradas pelo positivismo e liberalismo europeu (como Benjamin Constant) foram decisivos na Proclamação da República.

  • O positivismo de Auguste Comte, que também surgiu nesse contexto europeu pós-1848, teve forte influência no Brasil:

    • A famosa frase "Ordem e Progresso" da bandeira brasileira vem do lema positivista.


🇧🇷 3. Crise do modelo monárquico no Brasil e inspiração externa

  • No final do Império, havia insatisfação com o centralismo monárquico, a abolição da escravidão sem indenização aos fazendeiros e o distanciamento da Igreja.

  • A República era vista como um modelo moderno e progressista, tal como proposto nas revoluções europeias.

➡ O exemplo das revoluções republicanas na Europa (como na França em 1848, que instaurou a Segunda República) reforçou a ideia de que a monarquia era um sistema ultrapassado.


🧭 4. Resumo da Relação

ElementoRevoluções de 1848Proclamação da República no Brasil
IdeiasLiberdade, república, fim da monarquiaAplicação dessas ideias no Brasil
InfluênciaIdeológica, política e filosóficaIntelectuais e militares republicanos
ModeloRepública como alternativa à monarquiaRepública implantada em 1889

✅ Conclusão:

As Revoluções de 1848 não causaram diretamente a Proclamação da República no Brasil, mas criaram um ambiente ideológico internacional que valorizava a república, os direitos civis e a modernização política. Esses ideais foram assimilados por setores da elite brasileira, especialmente no exército, e influenciaram o movimento que levou ao fim da monarquia em 1889.

Primavera dos Povos e a Arte

 As Revoluções de 1848 na Europa tiveram forte impacto nas artes, pois esse período de efervescência política, social e econômica também provocou mudanças culturais profundas. A seguir, explico essa relação em três níveis: contexto, movimentos artísticos e transformações nas temáticas da arte.


🎯 1. Contexto: O espírito de 1848 e sua influência cultural

  • As Revoluções de 1848 (conhecidas como Primavera dos Povos) expressaram o desejo de:

    • Maior liberdade política

    • Justiça social para trabalhadores e camponeses

    • Unificação nacional (como na Alemanha e Itália)

➡️ Essas demandas inspiraram os artistas a questionar o status quo, a representar o povo, a criticar desigualdades e a buscar novas formas de expressão que rompessem com a arte tradicional e elitista.


🖼️ 2. Desdobramentos nas Artes Visuais

🔸 Realismo (década de 1850 em diante)

  • Surge como reação contra o romantismo idealizado e os temas mitológicos da arte acadêmica.

  • Inspirado pelas revoluções, o realismo passou a representar:

    • Trabalhadores, camponeses, operários

    • Condições sociais reais, muitas vezes duras e injustas

    • Cenas do cotidiano, sem idealização

Artistas importantes:

  • Gustave Courbet (França) — obras como Os Quebradores de Pedra (1849) mostram a dura realidade dos trabalhadores.

  • Jean-François Millet — retratou camponeses com dignidade e profundidade social.

🔸 Caricaturas e arte política

  • Charges e litografias críticas se tornaram populares (ex: Honoré Daumier).

  • A imprensa satírica cresceu, representando a luta política com humor e denúncia.


🎭 3. Teatro e Literatura: denúncia e engajamento

As revoluções de 1848 também alimentaram:

📚 Literatura social e política

  • Escritores passaram a denunciar injustiças sociais, refletindo os ideais de liberdade e igualdade.

  • Victor Hugo (França) — Os Miseráveis (1862) é uma resposta direta às questões sociais e morais levantadas no pós-1848.

  • Charles Dickens (Inglaterra) — com obras como Tempos Difíceis (1854), mostrou as contradições da Revolução Industrial.

🎭 Teatro engajado

  • O teatro deixou de ser só entretenimento para se tornar instrumento de crítica social, dando voz ao povo e aos marginalizados.

  • Obras passaram a ter protagonistas não aristocráticos, com dramas da vida real.


🎼 4. Música e Nacionalismo

  • Compositores como Verdi (Itália) e Wagner (Alemanha) integraram o espírito das revoluções em suas obras.

    • Verdi foi associado ao movimento pela unificação italiana.

    • Wagner usou mitologia germânica para exaltar a identidade nacional alemã.


Resumo:

Área da ArteMudança após 1848Exemplo
PinturaRealismo: crítica social e cenas do povoCourbet, Millet
LiteraturaRomances sociais, denúncia de injustiçasHugo, Dickens
TeatroProtagonismo de classes popularesPeças com dramas sociais
MúsicaExaltação nacional e engajamento políticoVerdi (Itália), Wagner (Alemanha)
Imprensa gráficaCaricaturas políticas e crítica socialDaumier (França)

Pergunte ao ChatGPT

 

qual a relação entre a queda da bastilha e as revoluções de 1848 pela europa

O ChatGPT disse:

A queda da Bastilha, em 14 de julho de 1789, e as Revoluções de 1848 na Europa estão separadas por quase 60 anos, mas estão intimamente relacionadas por ideias, inspiração e contexto histórico. A seguir, explico a relação entre esses dois eventos:


📌 1. A Queda da Bastilha como Símbolo Revolucionário

  • O que foi?: A Bastilha era uma prisão política em Paris, símbolo do absolutismo do Antigo Regime.
  • Significado: Sua tomada marcou o início da Revolução Francesa, com ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.
  • Consequência duradoura: Estimulou movimentos liberais e nacionalistas em toda a Europa, espalhando o desejo de reformas políticas, constituições e fim dos privilégios aristocráticos.

📌 2. A Inspiração Ideológica da Revolução Francesa (1789)

As ideias iluministas e revolucionárias francesas (direitos humanos, soberania popular, fim da monarquia absoluta) criaram uma base ideológica que alimentou diversas outras revoluções no século XIX.

➡️ As Revoluções de 1848, também chamadas de "Primavera dos Povos", foram inspiradas por:

  • Liberalismo político (por direitos civis e constituições)
  • Nacionalismo (unificação ou independência de nações, como Alemanha e Itália)
  • Socialismo emergente (por melhores condições de vida dos trabalhadores)

📌 3. A Queda da Bastilha como Referência nos Levantes de 1848

  • Durante as Revoluções de 1848, muitos líderes e revolucionários citavam a Revolução Francesa como exemplo.
  • Em Paris, novamente o povo foi às ruas, como em 1789, exigindo reformas — desta vez, derrubando a monarquia de Julho e instaurando a Segunda República Francesa.
  • O evento de 1789 era visto como um modelo de ação popular contra governos opressores.

📌 4. Continuidade das Demandas Populares

Ano

Local

Exigências

1789

França

Fim do absolutismo, igualdade civil

1848

Diversos países europeus

Sufrágio, constituições, direitos civis e sociais

Ou seja, a luta contra regimes autoritários e pela liberdade política e social une os dois momentos históricos.


Em resumo

A queda da Bastilha foi um marco simbólico e prático que inspirou a luta por liberdade e justiça na Europa. Já as Revoluções de 1848 foram um desdobramento posterior, tentando aplicar e expandir esses ideais, agora frente a novos desafios como o avanço do capitalismo, as lutas sociais e o nacionalismo.

Se quiser, posso fazer um quadro comparativo ou mapa mental com essas ideias

 

segunda-feira, 21 de julho de 2025

Copa de 1930

 COPA DO MUNDO DE 1930- UM 9X0 DE MUDOU TUDO.

Para se montar o elenco que participou da primeira Cooa do Mundo foi uma verdadeira dor de cabeça. A briga entre Cartolas de Rio e São Paulo prejudicou de mais o time, que foi formado apenas por jogadores do Rio de Janeiro , deixando de fora craques que jogavam em São Paulo. 

Os paulistas ficaram revoltados porque a CBD não colocou na comissão tecnica nenhum paulista , o que gerou um mal estar tão grande , que jogadores paulistas foram probidos de ir servir a seleção, pois a federação local não iria liberar. A ausencia mais sentida foi o de Arthur Friedereich .

E como montar a seleção? O técnico Pindaro antes de chegar a lista final , fez diversos teste e um deles ficou eu apresento a vocês hoje.

Em 1930, Píndaro montou duas equipes para uma partida de futebol, um de camisa azul e outro de camisa branca. Os de camisas azuis era os favoritos a ir para a Copa, era o time que Píndaro tinha montado que achava o melhor para representar a seleção e o time de Branco sera uma equipe secundária , mas que seria observada para ver se conseguiria extrair algo de bom .

Vamos a formação :

TIME DE AZUL: AMADO, FAUSTO,BENÉ,IVAN,OSVALDO,NILO,RUSSO,ARAKEN,MODERADO,PENNA, E ZÉ LUIZ .

TIME DE BRANCO:POLY,HERMÓGENES,OSCARINO ,VELOSO,LEITE,DOCA,PREGO,PAMPLONA,ITALIA,BRILHANTE E SANT'ANNA.

O time de azul favorito , os melhores em campo, tomaram um sonoro 9x0 do time branco. Eu imagino a cara do Píndaro quando viu e reapidanete viu que o time que ele escolheu não teria condições de representar o Brasil. do time de branco , foram convocados para  a copa:

HERMÓGENES-AMÉRICA
OSCARINO- YOIRANGA NITEROI
DOCA- SÃO CRISTOVÃO
POLY-AMERICANO
VELOSO- FLUMINENSE
ITALIA -VASCO

ANO 1930
PERIÓDICO O MALHO EDIÇÃO 1449
HISTORIADOR E ACADEMICO EM JORNALISMO PAULO
BIBLIOTECA NACIONAL

Veja no Face:

Herói de 113 anos

 Cabo Manoel de Souza (gaúcho de São Gabriel), numa foto tirada em 1935 (quando tinha 113 anos de idade), ainda servindo voluntariamente ao país e recusando-se a voltar para casa e aposentar-se.

Disseram-lhe constantemente para ele ir descansar, mas o militar respondia que teria tempo para isso mais tarde.

É considerado o soldado mais velho que permaneceu em atividade no Exército Brasileiro. Lutou na Revolução Farroupilha entre 1835 e 1845, bem como na Guerra do Paraguai entre 1865 e 1870.

Exemplo de brasileiro.

Veja no Face:

São Conrado

 Acredite se puder, esse lugar é São Conrado em 1914! 😱


O clique é do fotógrafo Marc Ferrez, um dos mais importantes fotógrafos do Brasil na virada do século XIX para o XX.

O som que você ouve é o choro “Atraente”, de Chiquinha Gonzaga, primeiro lugar no ranking de vendas fonográficas de 1914.

Você gostaria de ver um antes e depois dessa imagem? Podemos providenciar. 🤓

Foto: acervo do imoreirasalles

Veja no Face:

terça-feira, 8 de julho de 2025

Dom Afonso Duque do Porto

 Retrato de Dom Afonso duque do Porto ao lado de seu sobrinho, o príncipe real de Portugal, Dom Luís Filipe, herdeiro do rei Carlos I.


O rei D. Carlos e o príncipe real Dom Luis Filipe seriam assassinados em 1908, enquanto que a coroa seria herdada pelo filho mais novo do rei, Dom Manuel II, último rei de Portugal. O duque permaneceu como herdeiro do sobrinho até a queda da monarquia, mas tanto ele quanto Manuel morreram sem filhos, fazendo com que os apoiantes da casa de Bragança se virassem para a linhagem do rei Miguel, o irmão de D. Pedro IV Rei de Portugal, Imperador D. Pedro I do Brasil.

Guarda Luizinho

 Guarda Luizinho trabalhava nas esquinas das ruas Xavier de Toledo e Barão de Itapetininga, bem ao lado do antigo Mappin, ganhou fama nos anos 1970. Com gestos teatrais, bom humor e criatividade, o paraibano Luiz Gonzaga Leite tinha um modo curioso e irreverente de cuidar dos pedestres e motoristas do Centro. Foto: Acervo/Estadão.

A cidade não esquece do Guarda Luizinho. Ele foi escolhido “O policial do ano”, pela imprensa, em 1975, 76, 77, 79 e 1980; recebeu o “Apito de Ouro” em 1976. Voce lembra dele?

Garota de Ipanema

 

Helô Pinheiro a caminho do Mar ! 😀

Em 1965 , a Revista Manchete chamou Vinicius de Morais para apresentar a Musa da música Garota de Ipanema composta e lançada para o Mundo, por ele e Tom Jobim , três anos antes . Aí está ela : Helô Pinheiro !
A eterna Garota de Ipanema , nasceu em um dia 7 de Julho , há 82 anos !!! 
Parabéns a ela !!!

Tom Jobim 

segunda-feira, 7 de julho de 2025

Jogo de despedida de Gylmar da Seleção Brasileira

Gilmar se prepara para fazer a defesa,
                                  observado.

Amistoso que marcou a despedida do goleiro Gilmar, bicampeão em 1958 e 1962, da Seleção Brasileira, no centésimo jogo do goleiro defendendo o gol brasileiro.
A Seleção Brasileira derrotou, por 2 x 1, a Seleção da Inglaterra, campeã mundial em 1966. Banks defendeu um pênalti cobrado por Carlos Alberto Torres.

Gordon Banks, soberano pelo alto

O gol de Tostão, empatando o jogo em 1 x 1 foi num lance inesperado. A bola foi mal atrasada por Newton e, ao cabeceá-la, Moore o fez pior ainda e para trás. Tostão caiu no lance, ao disputar a bola com Wright, mas mesmo caído, cercado por três ingleses, conseguiu chutar para as redes de Banks, O curioso é que os reclamaram a validade do gol, porque consideravam que jogador caído não podia fazer gol.

Gordon Banks defendeu, observado por Tostão 

Brasil 2 x 1 Inglaterra
Data: 12/06/1969
Competição: Amistoso
Local: Estádio do Maracanã - Cidade: Rio de Janeiro (Brasil)
Público: 105.649 pagantes
Árbitro: Ramón Barreto (Uruguai)
Gols: Colin Bell aos 13 minutos do primeiro tempo; Tostão aos 34 e Jairzinho aos 36 minutos do segundo tempo
Brasil: Gylmar; Carlos Alberto Torres, Djalma Dias, Joel Camargo e Rildo; Clodoaldo e Gérson; Jairzinho, Tostão, Pelé e Edu (depois Paulo Cezar Caju).
Técnico: João Saldanha
Inglaterra: Gordon Banks; Tommy Wright, Brian Labone, Bobby Moore e Keith Newton; Alan Mullery, Colin Bell e Alan Ball; Geoff Hurst, Bobby Charlton e Martin Peters.
Técnico: Alfred "Alf" Ramsey

Seleção da Inglaterra treina antes do jogo

Jogaram, um ano depois, no confronto da Copa Mundo de 1970 no México, vitória do Brasil por 1 x 0 Inglaterra:
6 jogadores do Brasil: Carlos Alberto, Clodoaldo, Paulo Cézar Caju, Jairzinho, Tostão e Pelé e João Saldanha foi substituído por Zagallo.
10 jogadores da Inglaterra: Gordon Banks, Bobby Moore, Brian Labone, Tommy Wright, Alan Ball, Alan Mullery, Bobby Charlton, Collin Bell, Martins Petes e Geoff Hurst e o Técnico Alf Ramsey foi mantido.

Flamengo 1973

 Treino do Flamengo. Doval, Paulo Cézar Caju e Afonsinho. Revista "O Cruzeiro", edição de 03/10/197

Igrejinha Antiga

 Amo essa fotografia que faz parte do acervo de nossa igrejinha e do arquivo pessoal de Neusa Silva. Gostava e gosto de louvar a Deus… creio que essa foto irá fazer 50 anos. Muitos já estão na glória…



domingo, 6 de julho de 2025

Iso, isso, isso...

 Pra Descontrair !

Pra quem não sabe , segue o resumo  das relações interpessoais na série sobre a vida do Chaves ( Roberto Gomes Bolaños ) !
Foto de 1978 .
Foi sem Querer Querendo … 😀
Ninguém tem Paciência comigo …

Gênios (deviam ser) imortais

 Olhem que foto sensacional ! Ali no finalzinho de Copacabana perto do Forte em 1985 , a Revista de Domingo do Jornal do Brasil juntou ao lado de um barquinho pesqueiro parte da inteligência nacional . Estão ali : Tom Jobim, Dorival Caymmi, Sérgio Cabral, João Ubaldo Ribeiro, José Lewgoy, Almir Chediak, Albino Pinheiro, Jaguar, Alceu Valença, Stela Caymmi e Ivo Meirelles ! Alceu fez aniversário ( 79 anos ) no dia 1 de Julho . Parabéns a ele !!!

Em Tempo : Apenas os três últimos ainda estão por aqui . Gênios deviam ser imortais.

Charlie & Oona

 

🎬 Charlie Chaplin e Oona O'Neill: Fatos sobre um casamento que chamou a atenção da época

Em 1943, o cineasta Charlie Chaplin, então com 54 anos, casou-se com Oona O'Neill, de 18 anos, filha do premiado dramaturgo norte-americano Eugene O'Neill. A grande diferença de idade entre os dois gerou controvérsia na época, especialmente porque o pai de Oona rompeu relações com a filha após o casamento.

Apesar das críticas e da repercussão, o casal permaneceu junto por 34 anos, até a morte de Chaplin em 1977. Eles tiveram 8 filhos, entre eles a atriz Geraldine Chaplin.

O casamento marcou a última e mais duradoura união de Chaplin, que já havia se casado outras três vezes anteriormente. Oona abandonou a carreira artística que começava a construir e passou a se dedicar à vida familiar ao lado do cineasta.

Esse episódio é frequentemente lembrado como um dos relacionamentos mais comentados da vida pessoal de Charlie Chaplin.

Malandrino

Máquina de massa mais antiga do Brasil está em SP: os 85 anos da Malandrino

Ludimila Honorato
De Nossa, em São Paulo
06/07/2025 05h31


Da esquerda para a direita: Marcelo Augusto, Martino Malandrino, Analice Malandrino e João RomeuImagem: Ludimila Honorato/UOL

Ler resumo da notícia
"Tem que pesar, não é para fazer assim", instruía Martino Malandrino, 89, enquanto o neto João Romeu, 25, colocava farinha de trigo na tigela com uma concha medidora. "Põe quatro ovos", seguia orientando.
O encontro de gerações presenciado por Nossa ocorreu na cozinha da casa de massas Malandrino, na Vila Clementino, zona sul da capital paulista. O que nasceu como pastifício em 1940, virou rotisseria e hoje agrega um restaurante a alguns passos de distância, na rua Capitão Macedo.


A bancada onde João preparava a receita é de granito e foi instalada pelo bisavô dele, Antônio Malandrino, que iniciou o negócio. Depois de pronta e cortada em tiras, a massa virou um tradicional fusilli al ferretto, em que a espiral é feita a mão com um ferro fino, também herdado do fundador.

Ali também estavam Analice, 62, e Marcelo Augusto, 23, respectivamente filha e neto de Martino, para demonstrar o preparo.

Perto deles, estava a máquina italiana de massas mais antiga do Brasil ainda em funcionamento — pelo menos de que se tem notícia. E no outro canto, um computador que registra os pedidos para delivery.

João começa a preparar uma massa sob  olhos do avô Martino e da mãe AnaliceImagem: Ludimila Honorato/UOL
Ali também estavam Analice, 62, e Marcelo Augusto, 23, respectivamente filha e neto de Martino, para demonstrar o preparo.
Perto deles, estava a máquina italiana de massas mais antiga do Brasil ainda em funcionamento — pelo menos de que se tem notícia. E no outro canto, um computador que registra os pedidos para delivery.

A cena reflete o que as três gerações têm feito para manter a história e o legado da família com o arrojo necessário para o negócio se adaptar aos novos tempos. O esforço é reconhecido: este ano, a casa recebeu o Selo de Valor Cultural, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, pela contribuição à gastronomia da cidade, ao lado de outros 38 estabelecimentos.

Uma oportunidade para viver
A família Malandrino veio da Itália para o Brasil no final dos anos 1930 junto com os Matarazzo, que trouxe uma máquina de fazer macarrão para uma exposição na cidade. Mas o início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, impediu o retorno do equipamento para a Europa.

   "O Matarazzo era muito amigo do meu bisavô e disse pra ele comprar a máquina e deixar pro filho dele trabalhar. Minha família adquiriu e meu avô Antônio abriu essa empresa." (Analice Malandrino)

Martino ao lado da máquina de massas considerada a primeira do Brasil e mais antiga em funcionamentoImagem: Ludimila Honorato/UOL

Na Itália, os Malandrino trabalhavam com azeite, e João conta que Antônio também mexia com miúdos de boi. Mas devido a uma doença, não pôde seguir no ramo e, já no Brasil, viu a chance de atuar com massas. "Não foi uma obrigação, mas como surgiu a oportunidade, era uma atividade para viver."

Se não fossem as mulheres
Analice lembra-se do nono Antônio como um homem muito reservado, organizado, metódico e trabalhador. "Ele ficou adoentado, mas nunca deixou de trabalhar", diz, recordando de quando desciam com ele sentado numa cadeira, sobrado abaixo, para a fábrica. "Ele ficava no salão e orientava."

  "A fábrica era só de massas, não tinha toda essa diversidade que tem hoje de antepastos, doces. Era só um pastifício mesmo e uma portinha pequena." Analice Malandrino

Quem começou a diversificar a produção foi Ermelinda, esposa de Antônio, que incorporou ao negócio as receitas da própria família. "A mulher antigamente não aparecia, mas ela contribuiu muito, fazendo os recheios de carne e ricota", prossegue.
Foi com ela que a empresa deu o primeiro avanço, oferecendo também bracholas, polpetones e almôndegas para acompanhar as massas. Analice faz questão de destacar essa figura importante na história familiar, assim como a presença de Catarina, irmã de Martino, que também contribuiu para o negócio, da cozinha ao balcão de atendimento. Hoje, ela tem um comércio gastronômico no imóvel ao lado da casa de massas.
Com afinco e todo o apoio, Antônio trabalhou no negócio por quase 40 anos. Ele teve doença de Parkinson, que limitou suas atividades, e morreu em 1977.

Cliente não se perde
Martino começou a trabalhar na casa de massas por volta dos 12, 13 anos de idade, mas fez carreira no serviço público — é oficial de justiça aposentado. Incentivado pelo pai Antônio, resolveu se manter na empresa e, com um perfil diferente do patriarca, deu mais um passo no crescimento do negócio.
Foto da inauguração do pastifício Malandrino, em 1940. Imagem: Arquivo pessoal

Analice o descreve como "um cara visionário, arrojado" e atento às novidades. Ele adquiriu novas máquinas — uma semelhante à primeira e outra que faz massas recheadas, também italiana — e daí vieram o restaurante, os doces e os pães.

Em 1965, uma reforma no imóvel da fábrica ampliou o negócio para o modelo de rotisseria. Nos anos 1970 e 1980, era inovação ter um espaço que vendia tudo. Os carros paravam em fila dupla em frente ao comércio, conta a família.

Mas o estilo trabalhador passou de pai para filho. "Sabe que horas eu entrava aqui no domingo? 4h30, 5h para começar a produção. Tinha um hospital que precisava de 15 kg de espaguete todo domingo, até 6h, pra fazer o almoço dos doentes" recorda Martino.
Foi com ele também que se firmou o lema de nunca perder um cliente: "não faço" ou "não tenho" inexistem no vocabulário deles. Em datas comemorativas, se for preciso, a família vende até o que é de consumo próprio. "Meu avô fala que aqui é uma casa de vendas. Se o cliente vier aqui e quiser, a gente vende", diz Marcelo. "Muitas pessoas, a gente ganhou assim."…

Antiga fachada do negócio na Vila Clementino, em imóvel de quase cem anos. Imagem: Arquivo pessoal

As comodidades para atrair e fidelizar o público são as massas frescas pré-cozidas vendidas a vácuo e as minutelas, refeições congeladas a vácuo em que a camada de molho fica separada da massa. "É uma alternativa para a pessoa não sair sem levar nada", diz Analice… 

Outros incrementos foram os recheios de alcachofra, gorgonzola, funghi e cordeiro. Mas a receita da carne para rechear massas é tradicional, feita em água, por horas, até secar. Nada de óleo ou panela de pressão. O molho do tomate vindo de pequeno produtor também é patrimônio e leva dois dias para ficar pronto.
Os clientes ficam pela tradição e cuidado no atendimento. A família cita nomes de quem frequenta o local semanalmente e diz que em datas comemorativas, o pedido de cada um é anotado e guardado em um caderno, mesmo que depois vá para o sistema digital. É tudo personalizado e não tem número mínimo de itens.

Tradição com novos rumos
Analice fez carreira como delegada, trabalhando nas linhas do Metrô e da CPTM, e está aposentada. Há oito anos, entrou no negócio da família ao perceber que o pai, com a idade, precisava de ajuda.
Hoje, ele não toma decisões na empresa, mas acompanha os trabalhos de perto. Chega todos os dias por volta das 11h com seu jornal na mão, visita a cozinha, dá pitaco e depois vai conversar com a clientela da loja. No dia em que a reportagem esteve no local, a maioria o cumprimentava pelo nome e alguns sentavam para uma prosa breve na calçada.
No restaurante, Martino não perde tempo. "Ele limpa a mesa, recolhe bandejas, atende quando dá uma movimentada. Tem dias que ele não está muito firme, aí fica organizando fila, fazendo algo mais leve. Ele quer fazer parte", conta João. "Não quer que o vejam parado."

Quem também ajuda a manter a tradição são os funcionários mais antigos da casa, como Sandra e Holanda, que estão há quase 40 anos ali. Outros mais novos são filhos de ex-colaboradores que chegaram a ter contato com o fundador.


Em paralelo à chegada de Analice está o interesse natural dos filhos João e Marcelo pela empresa. "Vou fazer a transição. Na hora que eles pegarem e eu perceber que está tudo ok, vou me afastando aos poucos", ela diz.
João se formou em gastronomia e planeja incluir as pizzas na história do Malandrino. Marcelo é advogado e atua em toda a logística de compras do estabelecimento. Enquanto a transição não se conclui, Martino e seu legado permanecem. "A gente tenta seguir os ensinamentos dele o máximo possível, mas tem que encaixar uma novidade no meio", diz João.

Veja em:

sábado, 5 de julho de 2025

1958 - Copa do Mundo

 Preparação da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 1958 na Suécia

A seleção embarcou em 24 de maio e realizou duas partidas amistosas na Itália antes da Copa do Mundo de 1958: em Florença contra a Fiorentina (4 x 0) e em Milão contra a Internazionale (4 x 0)
Um contra a Fiorentina, que tinha seis jogadores da seleção italiana, e outro contra a Inter de Milão.



Banda anuncia a entrada em campo 

No dia 29 de maio de 1958, o Brasil bateu a Fiorentina, que tinha seis jogadores da Seleção Italiana, por 4 a 0, com gols de Mazzola (dois), Pepe e Garrincha.
Garrincha fez um gol antológico. O Brasil já ganhava por 3 x 0, mas o quarto gol, que foi o de Garrincha, aos trinta minutos do segundo tempo. Robotti foi o primeiro que ele driblou. Magnini apareceu para ajudar Robotti e também foi driblado. Cervato veio ajudar Magnini e foi igualmente driblado. O goleiro Sarti abandonou a meta para enfrentar Garrincha e também foi fintado. Com o gol vazio, Garrincha poderia ter chutado, mas Robotti conseguiu voltar para combatê-lo. Garrincha tirou-o da jogada com um drible de corpo e Robotti teve de segurar-se na trave para não cair. Garrincha, então, apenas caminhou com a bola até dentro do gol. Já no fundo das redes, deu-lhe um peteleco para pegá-la com as mãos, enfiou-a debaixo do braço e começou a voltar, frio, devagar e mudo, para o centro do campo.

Didi e Julinho Botelho 

Não houve pirâmide humana sobre Garrincha. Nem mesmo um montinho. Nenhum jogador foi abraçá-lo. Nenhuma comemoração!
Os italianos presentes no estádio ficaram de boca aberta, encantados. Mas os jogadores e membros da delegação brasileira reprovaram a atitude de Garrincha. Bellini, o capitão, deu uma bronca no craque: "Isso é uma Copa do Mundo, porra!". Garrincha apenas abaixou os olhos. Seu gol de placa não lhe rendera grande ibope.
Depois da partida, já no vestiário, o supervisor Carlos Nascimento completou a bronca: "Foi uma molecagem!"
O temor deles era que Garrincha repetisse o lance na Copa dias depois. Pura arte!
Fiorentina 0 x 4 Brasil
Local: Estádio Comunale, Florença (Itália)
Árbitro: Mário Maurelli
Gols: Mazola (2), Pepe e Garrincha
Brasil: Gilmar, De Sordi (depois Djalma Santos), Bellini, Orlando e Nílton Santos; Dino Sani, Didi; Garrincha, Mazzola (depois Moacir); Dida (depois Vavá) e Pepe. Técnico: Vicente Feola.
Fiorentina: Sarti, Magnini, Roboti, Segato, Chiapella, Cervato, Julinho Botelho, Montuori, Virgili, Loiacono e Bizzari. Técnico: Fulvio Bernardini.



Jogada do 1⁰ gol de Mazzola, goleiro Sarti

quarta-feira, 2 de julho de 2025

Desastre

 

Um dos eventos mais desastrosos ds História:

Em 28 de Junho de 1914 - O assassinato do Arqueduque Francisco Ferdinando e sua esposa Sophie. O estopim para a Primeira Grande Guerra.

Em 28 de junho de 1914 foi assassinado, juntamente com sua esposa, S.A.I.R. o Arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do Trono Austro-Húngaro, incidente que desencadeou a Primeira Guerra Mundial, conhecida como "A Grande Guerra".  🇦🇹 🇭🇺 👑

O Atentado de Sarajevo foi o incidente que, em 28 de junho de 1914, vitimou o arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do Império Austro-Húngaro, e sua esposa, a duquesa Sofia de Hohenberg, em Sarajevo, capital da Bósnia. O atentado foi executado por Gavrilo Princip, membro da organização nacionalista sérvia denominada Mão Negra, que tinha como objetivo o rompimento das províncias eslavas do sul com a Áustria-Hungria e a criação da Grande Sérvia. A motivação política para o assassinato era compatível com a ideologia do movimento que, mais tarde, ficaria conhecido como a Jovem Bósnia.

No comando dos conspiradores militares estava Dragutin Dimitrijević, chefe da espionagem sérvia, seu braço direito, o major Vojislav Tankosić e o espião Rade Malobabić. Tankosić armou e treinou os executores do atentado e Malobabić deu-lhes acesso aos túneis secretos utilizados pelos agentes sérvios para infiltrar espiões e armamento na Áustria-Hungria.

Todos os envolvidos no atentado que ainda estavam vivos foram presos, julgados, condenados e punidos. Aqueles que foram presos na Bósnia foram julgados em Sarajevo, em outubro de 1914. Os demais conspiradores foram submetidos a uma corte sérvia no front de Salônica – à época sob controle francês – entre 1916 e 1917, culminando com a execução dos três principais oficiais envolvidos. Muito do que se conhece sobre os assassinatos do arquiduque e de sua esposa teve origem nas informações obtidas nesses dois julgamentos.

A verdadeira responsabilidade sobre o atentado tornou-se fruto de grande controvérsia, porque o ataque levou à deflagração da Primeira Guerra Mundial, um mês depois.