quinta-feira, 1 de maio de 2025

Floriano Peixoto

 

Floriano Peixoto: O Herói da Guerra do Paraguai que derrubou a Monarquia Brasileira.

Nascido em Alagoas, no ano de 1839, a carreira militar de Floriano Vieira Peixoto foi destacada. Estava adido ao 2º Batalhão de Infantaria em Bagé-RS, quando irrompeu a Guerra da Tríplice Aliança. Ao ser a província invadida pelos paraguaios, assumiu o comando de uma flotilha armada de improviso - composta pelo vapor Uruguai, o "capitânia", e mais dois lanchões - cuja resistência às tropas inimigas, que marchavam pelas duas margens do rio Uruguai, muito contribuiu para a retomada de Uruguaiana.

Comissionado a 29 de setembro de 1865, foi efetivado no posto de Capitão a 22 de janeiro de 1866. Comissionado como Major, participou de todos os grandes feitos das armas patrícias em dezembro de 1868, sobressaindo em especial em Avaí e sendo confirmado, por bravura, naquele posto a 20 de fevereiro de 1869 com menção honrosa do Imperador Dom Pedro II

Destacou-se, a seguir, sob as ordens de Osório, no Passo da Pátria e, mais, em Estero Bellaco, 

Tuiuti, Tuiu-Cuê, Avaí, Lomas Valentinas, Angustura, Peribebuí, Campo Grande, Passo da Taquara quase todas as batalhas mais importantes da guerra, até o desfecho, em Cerro Corá (de onde trouxe como lembrança a manta do cavalo de Solano López). Por todos esses feitos recebeu a Medalha Geral da Campanha e diversas outras condecorações que usou orgulhosamente em seus retratos Presidênciais; foi promovido a Tenente-Coronel em 9 de abril de 1870."

Floriano teve participação atuante na queda da Monarquia Brasileira quando se recusou a cumprir a ordem, que lhe fora dada pelo Visconde de Ouro Preto, de dispersar os corpos rebeldes da guarnição da capital reunidos no Campo de Santana no dia 15 de Novembro

À interpelação do Chefe do Gabinete, que o exortava a demonstrar a mesma bravura revelada na Guerra do Paraguai, quando dominara bocas de fogo a baioneta, replicou o Marechal Floriano que, lá, as bocas de fogo eram os inimigos, ao passo que aqui eram brasileiras, aduzindo: "Fique V. Exª sabedor de que estas estrelas que trago nos punhos foram ganhas nos campos de batalhas por serviços prestados à nação, e não a Ministros"

Após se tornar o Marechal de Ferro e Consolidador da Republica, Floriano Peixoto tentou se justificar das acusações de "Traidor da Monarquia" pois apesar de ser homem de confiança de Ouro Preto, favoreceu a causa dos republicanos, que êle percebera sairia vitoriosa se Deodoro fosse bem sucedido na sua quartelada. E que essa atitude se explicava com os seus sabidos sentimentos republicanos.

Cabe citar um artigo que Salvador de Mendonça escreveu em 1913 no jornal "O Imparcial", do Rio de Janeiro, dizendo que o futuro "Marechal de Ferro" tinha sido, quando ainda Tenente-coronel, um dos signatários de um documento secreto elaborado em 1871, de adesão ao Partido Republicano, fato que seria implicitamente confirmado por  Quintino Bocaiúva quando, referindo-se a Floriano, dizia que "a nossa afinidade vem de longe"

De acordo com o Historiador Heitor Lyra, acusar Floriano de traição por não ter obrigado as fôrças governistas a saírem em defesa do Ministério não parece, igualmente, procedente, porque neste caso uma igual acusação podia ser feita aos comandantes dessas forças, a começar pelo General Almeida Barreto, que comandava a Brigada Mista, o General Barão do Rio Apa, irmão do Ministro da Guerra, que comandava a l.ª Brigada, e em segundo plano os comandantes dos corpos auxiliares - Polícia e Bombeiros da Côrte, Marinha, Polícia da Província do Rio ( fôrça tida como da confiança do irmão de Ouro-Prêto, presidente dessa Província), em suma, "todos que vestiam farda e se puseram ao lado da causa da República", como dirá um dêsses, o então major e depois deputado Oliveira Valadão ( inclusive êle próprio), "porquanto haviam jurado defender o regime monárquico adotado na Constituição do Império. 

A presidência de Floriano foi marcada por inúmeros conflitos internos no Brasil, a Revolução Federalista e a Revolta da Armada, durante sua presidência, seus apoiadores criaram um movimento político de orientação positivista denominado “Florianismo”  em que Floriano assumiu a defesa de seu governo como se a sobrevivência da República dependesse exclusivamente dele. Lançou então uma ditadura de salvação nacional. Seu governo era de orientação nacionalista e centralizadora. Foi o primeiro presidente do Brasil a ter sua imagem associada ao Messianismo Político. Grande parte de seus apoiadores eram membros da corrente jacobina, que manifestavam sua admiração ao presidente nos jornais e nas ruas. Para eles, Floriano era o “Salvador da República”  

A dura repressão imposta aos revoltosos fez com que Floriano se tornasse conhecido como o “Marechal de Ferro”. 

 Fonte: SILVA, Suely Braga da, coord. Os Presidentes da República: guia dos acervos privados. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1989. p. 15-17./Marechal Floriano Vieira Peixoto. Dados Biográficos/ História da Queda do Brasil Império. Heitor Lyra

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