sábado, 31 de maio de 2025

Nova casa e conselhos para idosos

 Excelente texto:A NOVA CASA

 Carlos Eduardo Novaes


Meu amigo Luiz está se mudando. 

Mês que vem deixa a casa dos 60 e de mala e cuia se muda para a casa dos 70. 

Luiz pretende viver uns bons anos na nova casa, mais próxima do fim da rua.

Ele sabe que estou morando lá há mais de dois anos e perguntou-me se gostei da mudança. 

Ora, não se tratou de gostar ou não. 

Terminou meu tempo na casa dos 60 depois de 10 anos, e saí feliz porque podia ter sido despejado antes do final do contrato.

Assim como a casa dos 20 lembra uma universidade, a casa dos 60, um posto do INSS, a casa dos 70 lembra uma clínica geriátrica. 

Lembrava! 

Quando entrei na casa a primeira surpresa foi vê-la cheia de “cabeças brancas”. 

Na época da minha avó alcançar a casa dos 70 era uma façanha olímpica, para poucos. 

A segunda e maior surpresa foi ver a “rapaziada”, pulando, malhando, correndo, namorando, como se não houvesse amanhã.

De uns anos para cá a casa dos 70 foi aumentada com vários puxadinhos, para abrigar tanta gente. 

E não é só! 

Da minha janela vejo que estão reformando a casa vizinha que estava caindo aos pedaços, a casa dos 90.

Disse ao meu amigo que a casa dos 70 tem um estilo anos 40, estilo vintage, pé direito alto, esquadrias em arco, piso de tacos de madeira, cadeiras de palha e uma imponente cristaleira. 

Claro que precisa de cuidados e manutenção constante, muito mais do que a casa dos 30, para evitar rachaduras e infiltrações.  

Em compensação, amigos, tem a mais bela vista do Passado.👏🏻


Aproveite bem a casa que habita, hoje. *25 REGRAS PARA SER UM IDOSO FELIZ!*

*01-* Não se meta na vida dos filhos.

*02-* Não interfira na educação dos netos.

*03-* Ame ou pelo menos tolere seu genro e Nora, foi seu filho(a) quem escolheu.

*04-* Nunca tome partido ou opine no casamento deles. 

*05-* Não fique um idoso reclamão.

*06-* Não seja um idoso com pena de si mesmo.

*07-* Não fique falando *NO MEU TEMPO,* ele já passou.

*08-* Tenha planos pro futuro.

*09-* Não fique falando de doenças. Tenha a certeza, ninguém quer saber. 

*10-* Não importa quanto ganhe, poupe todo mês uma parte.

*11-* Não faça prestação, *idoso não deve pagar carnê*.

*12-* Tenha um plano de saúde ou guarde dinheiro  para despesas médicas.

*13-* Guarde dinheiro pro funeral ou tenha um plano.

*14-* Não deixe "problemas" para os filhos. 

*15-* Não fique ligado em noticiário ou política, *afinal você não resolverá nada mesmo*.

*16-* Só veja TV para se divertir, não pra ficar nervoso.

*17-* Se gostar tenha um bichinho de estimação pra te ocupar.

*18-* Ao se levantar, invente moda: caminhe, cozinhe, costure, faça horta, mas não fique parado esperando a morte.

*19-* Seja um idoso limpinho e cheiroso. *Idoso sim, fedido jamais.* 

*20-* Tenha alegria por ter ficado idoso, muitos já ficaram pelo caminho.

*21-* Tenha uma casa e um modo de vida onde todos queiram ir e não evitar. Isso só depende de você.

*22-* Use a idade como uma ponte para o futuro e, jamais, uma escada para o passado. 

Para a ponte do futuro sempre terá companhia.

*23-* Lembre-se: é melhor ir deixando saudades do que deixando alívio.

*24-* Divirta-se. Sorria e faça sorrir. Um sorriso melhora o dia de qualquer um.

Finalmente, 

*25-* Não deixe "aquele bom vinho" (idosos não devem beber vinho ruim) e nem a cerveja gelada para amanhã, pode ser tarde!

*SEJA FELIZ!*: *ABRAÇOS!*

🤔 Não sei a autoria. 😱🤣🤣                                                                                                          Pra mim, mandaram por eu ser idoso mesmo!                                                                             Não foi por engano não!!!🤣🤣🤣

GOSTEI MUITOOOOOOO.. POR ISSO REPASSO!!!👏👏👏🙏🙏🙏


A velhice não aceita despreparo.

Ela não chega com delicadeza… E quem a espera de mãos vazias, sente o peso da dependência.

Prepare-se. Tenha algo guardado, um teto seguro, um carro à disposição.

Mas acima de tudo: que tudo isso seja seu.

Porque envelhecer com dignidade exige autonomia.

Não reescreva seus bens. Não confie cegamente que alguém cuidará de você como você cuida de si.

Seja leve: menos posses, mais paz.

Quanto mais coisas você tem, mais elas te exigem… E, se não perceber, passam a te possuir.

A arte de viver é uma habilidade rara.

É saber dormir profundamente, comer com prazer, rir com liberdade — e não se deixar consumir pelas preocupações.

Lembre-se: neste mundo, nada é realmente nosso.

E quanto menos pertencermos às coisas, mais livres seremos por dentro.

A verdadeira prisão é a do apego.

E a liberdade começa quando aprendemos a viver com o essencial.

 Robert De Niro

sábado, 24 de maio de 2025

AA Ponte Preta

 

A histórica AA Ponte Preta de Campinas de 1964, em uma foto da revista “A Gazeta Esportiva Ilustrada” número 268 de dezembro de 1964. Fernandes (XV de Novembro de Piracicaba), Aníbal (Flamengo, Bangu, Palmeiras, Sporting de Lisboa, Comercial de Ribeirão Preto), Walmir (Corinthians), Antoninho (Palmeiras, XV de Novembro de Piracicaba, Barretos, Ferroviária de Araraquara), Ivan, Jurandir (Palmeiras, Botafogo de Ribeirão Preto) e Sebastião Lapola (Santo André, Palmeiras). Jairzinho (Palmeiras, Botafogo de Ribeirão Preto), Da Silva (Corinthians, Juventus), Almeida (Comercial de Ribeirão Preto), Urubatão (Bonsucesso, Santos, Paulista de Jundiaí) e Ari (Guarani, Palmeiras). Pesquisas e texto de Claudio Aldecir de Oliveira. Reminiscências do futebol. ⚽️

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terça-feira, 20 de maio de 2025

Steven Segal em 1979

 

Em 1979, Steven Seagal vivia um momento crucial em sua vida, lindamente registrado ao lado de sua primeira esposa, Miyako Fujitani, e seu filho, Kentaro.

Nascido em 1952, Seagal mudou-se para o Japão no início da década de 1970, mergulhando de cabeça no mundo das artes marciais. Aos 22 anos, por volta de 1974, conquistou seu 1º dan em aikido, disciplina fundada por Morihei Ueshiba no início do século XX. Miyako Fujitani, já uma respeitada artista marcial com um 2º dan na época, tornou-se não apenas sua esposa, mas também uma figura crucial em sua integração mais profunda à cultura marcial japonesa. Juntos, construíram uma vida centrada na dedicação ao aikido, culminando com Seagal se tornando o primeiro estrangeiro a operar um dojo de aikido no Japão.

Ao longo do final da década de 1970 e início da década de 1980, a reputação de Steven Seagal cresceu de forma constante. Seus filhos com Miyako, Kentaro Seagal e Ayako Fujitani, trilhariam seus próprios caminhos artísticos — Kentaro como ator e artista marcial, e Ayako como uma escritora e atriz renomada no Japão. Enquanto isso, Miyako Fujitani continuou a construir seu legado na comunidade de artes marciais japonesa. Hoje, ela possui um impressionante 7º dan em aikido e lidera seu próprio dojo, influenciando gerações de alunos.

O eventual retorno de Seagal aos Estados Unidos no início da década de 1980 marcou o início de um novo capítulo, culminando em seu sucesso em Hollywood com o lançamento de "Above the Law", em 1988, um filme que exibiu suas reais habilidades nas artes marciais para um público global.

A influência duradoura das artes marciais japonesas na carreira de Seagal permanece significativa mesmo décadas depois. Suas primeiras experiências com Miyako e a vida no Japão, de aproximadamente 1973 ao início da década de 1980, moldaram profundamente sua filosofia e estilo cinematográfico. A mistura da disciplina oriental com a narrativa ocidental o ajudou a se tornar uma figura única no cinema de ação, enquanto as conquistas de sua família continuam a refletir as pontes culturais internacionais que eles construíram juntos.

Connexion.Tokyo 🗼

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quarta-feira, 14 de maio de 2025

Em 1999

 Em 1999, jogando pelo Bangu, Renato Gaúcho enfrentou o Vasco no fim de sua carreira de jogador.

Dono de uma carreira vitoriosa, com passagens marcantes por Flamengo, Fluminense e Grêmio, onde conquistou títulos e ficou marcado como goleador, Renato Gaúcho estava parado havia mais de um ano, com uma lesão na panturrilha. O ano era 1999, quando o Bangu esperava cumprir aquela que considerava sua profecia: a conquista de Campeonato Estadual em anos múltiplos de 33. Foi assim em 1933, o do primeiro da era profissional, e do segundo, em 1966. Por isto, boa parte da torcida viu na chegada do astro um bom presságio.

Depois de mostrar sinais de que queria voltar aos gramados, Renato Gaúcho foi convidado pelo então diretor de futebol do Bangu, Bris Belga, com quem trabalhara anos antes no Fluminense. Na apresentação, atraiu quase cinco mil pessoas a Moça Bonita. Mas o sonho durou pouco. Renato jogou alguns amistosos de pré-temporada, no sul de Minas Gerais, e fez duas partidas pelo Campeonato Carioca. Em ambas, teve atuação discreta. Atuou apenas um tempo, contra Vasco e Flamengo.

Pesquisador do Bangu e ex-diretor de patrimônio do clube, o jornalista Carlos Molinari lembra a passagem do craque em fim de carreira pela equipe da Zona Oeste.

– Foi contratado por R$ 5 mil mensais, na época. O Loco Abreu, trazido em 2017, ganhava R$ 85 mil. Renato tinha problemas com o peso, estava fora de forma, porque vivia comendo na Porcão. Na pré-temporada, em Minas, chegava sempre de helicóptero aos jogos e virava assunto. A presença dele fez aumentar as quotas de amistosos do Bangu, que subiram de R$ 2 mil para R$ 8 mil. Aquele ano a camisa do Bangu foi um sucesso, tinha um desenho parecido com a do Ajax, da Holanda – afirma.

O investimento para uma boa campanha em 1999 era uma promessa que o então patrono do clube, o contraventor Castor de Andrade, morto dois anos antes, não sobreviveria para tentar realizá-la. O alvirrubro lançou a campanha “Em 1999, o Bangu vai entrar para ganhar”. Bris Belga admite que, àquela altura, Renato não tinha mais condições de seguir a carreira de jogador de futebol.

– Ele insistiu, e eu o trouxe. Montamos um projeto para atrair visibilidade para o Bangu, foi um marketing muito bom, que custou pouco ao clube e deu muito retorno. Ele tem muito carisma, atraiu bem mais gente na apresentação do que o Loco Abreu. Eu ri muito quando vi o tamanho da festa para o Loco. A do Renato foi bem maior. Mas, fisicamente, não dava mais. Em 1996, no Fluminense, ele já sofria com dores na panturrilha. Além de desgastante, era muito doloroso para ele, e afetava a imagem de ídolo – explica Bris.

Molinari qualifica a contratação de Renato Gaúcho “propaganda enganosa”. O jornalista lembra ainda que, dias antes, o novo contratado deu uma entrevista dizendo que chamaria seu amigo Maradona para a estreia, contra a seleção carioca, mas o ex-craque argentino não deu o ar da graça em Moça Bonita, na partida vencida pelos donos da casa por 2 a 1.

– Ele anunciou isto, mas nunca aconteceu e ele jamais foi cobrado – lembra.

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terça-feira, 13 de maio de 2025

São Vicente, velha cidade (ou vila)?

 São Vicente foi palco da primeira eleição das Américas e se tornou símbolo da fundação política e administrativa do Brasil colonial

O Brasil começou a ser desenhado como nação muito antes da palavra “cidade” existir no vocabulário da colônia. Em 1532, surgia a vila de São Vicente, no Litoral de São Paulo. Mais do que um ponto no mapa, a vila representava a implantação da estrutura administrativa portuguesa nas Américas. Foi ali, segundo historiadores, que ocorreu a primeira eleição do continente.
O responsável pela fundação da vila foi Martim Afonso de Sousa, administrador enviado pela Coroa portuguesa. A missão era estruturar a presença lusitana na nova terra, com governo próprio e organização política. São Vicente se tornou, então, a primeira vila oficialmente reconhecida no território que um dia seria o Brasil.

São Vicente sediou a primeira eleição das Américas

Paulo Eduardo Costa, presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente, explica que naquela época não se falava em cidades.
O termo usado era “vila”, e era nessas estruturas que se organizava a vida política e jurídica.

 “São Vicente foi a primeira vila até porque, naquela oportunidade, não existia o termo cidade. Todas eram vilas”, afirma.
Em 1532, foi realizada a primeira eleição nas Américas.

 “Em 1532, houve a primeira eleição das Américas, quando se instalou de maneira definitiva a democracia no território, não só na América do Sul”, destaca Costa.

 Essa estrutura influenciaria até modelos democráticos de outros continentes, segundo o Instituto.
Durante o período colonial, as vilas concentravam as decisões locais. Comandadas por autoridades nomeadas ou eleitas, funcionavam como centros administrativos.
A vida dos habitantes era organizada com base nas regras da Coroa portuguesa. O modelo aplicado em São Vicente serviria como referência para outros núcleos que surgiriam nos anos seguintes.

Geografia estratégica
A escolha do local não foi aleatória. A região de São Vicente tinha características ideais para a navegação e abastecimento. O território possuía rios, nascentes e águas calmas, essenciais para as embarcações portuguesas.

Nos idos de 1500, a água era um bem preciosíssimo”, lembra Costa. “Com ela, você conseguia fazer não só o abastecimento das naus [espécie de embarcação portuguesa] que eram usadas nas explorações da América do Sul, mas também possibilitava a produção de alimentos”.

O local também abrigava o Porto das Naus, o primeiro trapiche alfandegário do Brasil. Hoje, esse ponto histórico fica próximo à Ponte Pênsil, uma das estruturas mais conhecidas da cidade.

Povos originários
Antes da chegada dos portugueses, o território era habitado por diversos povos indígenas, como tupis, tupinambás e guaianás. Essas etnias viviam da pesca, caça e da relação equilibrada com o meio ambiente.
Segundo Costa, a população indígena no período da chegada europeia era estimada em cerca de 6 milhões de pessoas. 

Quase todos foram dizimados. Hoje, mais de 500 anos depois, restam cerca de 1,6 milhão. Se não houvesse essa violência, eles seriam entre 60 e 80 milhões”, lamenta.

Ele também destaca a destruição cultural e a apropriação de terras como marcas desse processo de colonização. Apesar disso, uma comunidade indígena ainda permanece em São Vicente.
Trata-se da Aldeia Paranapuã, habitada por indígenas guarani mbya, localizada na praia de Paranapuã, dentro da reserva ecológica do Parque Estadual Xixová-Japuí.

Eles mantêm tradições, moram em taperas [tipo de construção tradicionalmente indígena], dormem em redes e não têm nenhum contato estrito com a modernidade”, relata Costa.

São Vicente foi capital por três dias
Em janeiro de 2000, São Vicente assumiu, por três dias, o posto de capital do Estado de São Paulo. Entre os dias 21 e 23 daquele mês, os três Poderes — Executivo, Legislativo e Judiciário — se instalaram na cidade como parte das comemorações dos 500 anos do Descobrimento do Brasil.
Durante esse período, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) realizou uma Sessão Ordinária na Câmara Municipal de São Vicente. O Espaço Cultural da Alesp foi nomeado como “V Centenário” e, até hoje, sedia exposições culturais.

Instituto Histórico e Geográfico

O Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente foi fundado em 1838 por Dom Pedro II. Em 1959, conquistou sua autonomia graças à atuação dos historiadores Francisco Martins dos Santos e Odete Veiga Martins dos Santos.
Atualmente, é uma confraria sem fins lucrativos, dedicada à preservação da memória histórica e à promoção da cultura na região.

Costa, que dirige o Instituto há oito anos, ressalta a importância da instituição. 

Temos a maior biblioteca do Litoral de São Paulo, com 57 mil volumes, e um museu histórico da cidade e Capitania de São Vicente, com 26 mil itens.

O espaço também promove eventos culturais, como lançamentos de livros e recitais musicais, reunindo diferentes públicos em torno da história da cidade.

Um monumento à reflexão

Na Praça 22 de Janeiro, em São Vicente, está o Monumento do IV Centenário. Construído em 1900, ele celebra os 400 anos da colonização do Brasil. A escultura traz uma inscrição em latim que remete à união das armas e dos povos sob a cruz, símbolo da missão portuguesa na América.
Projetada por Benedito Calixto e Florimond Colpaert, e construída por Augusto Kauschus, a obra convida à reflexão sobre a história da formação do Brasil.

História com senso crítico

Para Costa, a trajetória de São Vicente deve ser valorizada, mas com olhar atento e crítico. Ele destaca a importância de reconhecer o papel da cidade como berço da administração no país, mas também de respeitar os povos originários que já viviam aqui muito antes da chegada dos colonizadores.

Com informações de Alesp.Gov.

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Janete Clair, 100 anos!

 Janete Clair , 100 anos !!!

E Agora mais um Campeão de Audiência ! Plim ! Plim ! A Rede Globo faz 60 anos no dia 26 de Abril ! Janette Clair faria 100 anos no dia 25 de Abril de 2025 ! Foi sua ida para a emissora junto de Dias Gomes em 1970 que impulsionou a audiência e futura liderança da emissora com as telenovelas . Na imagem de 1972 , aparecem a escritora com parte do elenco de Selva de Pedra . Vejam que nível ! Estavam lá : Mário Lago ( sem smoking por uma questão de princípios ) , Denise Emmer ( atriz e filha de Janete Clair ), Carlos Eduardo Dolabella , Dina Sfat , Janete Clair (a Autora) , Walter Avancini (o Diretor) , Regina Duarte , Francisco Cuoco e Dorinha Duval . Quem viu não esquece ! 

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segunda-feira, 12 de maio de 2025

Mães, ora, essas mulheres

 

Mães 
Angústias de mães
Ensaiam, ainda meninas
Dessa criaturinha, nada sabemos 
Desse mistério. 

Daí a insegurança machista 
Pura fragilidade 
Porque nada sabem
Dessa vocação 

Mães são gigantes 
Porque nem somos ainda
Nada que não seja 
Nem esse ponto aqui escrito. 

Já somos dentro delas. 
Já disse outro Poeta,  sim,
Deus é  poeta
E nos forma como poesia
Nas entranhas maternas 

Por isso são gigantes
¹³ "Pois tu formaste o meu interior,
  tu me teceste no seio de minha mãe."
E puseste todos os meus dias
Ao cuidado de uma mulher 

Nada mais, nada melhor
Nada superior, do que 
Entregar aos cuidados de uma 
Mulher 

O Criador as chamou de
"Auxiliadora idônea"
Tem de ser muito burro
Para não entender isso.

Tenta viver sem esse auxílio 
Tenta viver sem esse conselho 
Tenta viver sem esse amor 
Entranhado. 

Mulher virtuosa 
Outro poeta já escreveu 
"Quem a achará?"
Ele pergunta 

Na verdade, ele pergunta
Pela virtude
Na sensibilidade 
Da mulher 

Carregam nas entranhas 
Parem, amamentam, cuidam
Disciplinam, ensinam, repreendem 
E todo o tempo amam.

Esse todo o mistério 
Que somente elas conhecem
Segredo que Deus lhes concedeu 
Que elas, malandramente, 
Conta gotas, espalham. 

Quando atinam
Com toda essa virtude 
A elas repartida
São plenamente mulher 

E nós,  seus filhos, 
Apaixonados, emocionados, 
Agradecidos, realizados. 
Gratidão, mamães.

Congregacionalismo brasileiro

 

CONGREGACIONALISMO BRASILEIRO, 170 anos - a soma e o resto.

Fruto da intervenção missionária do casal Robert Reid Kalley e Sarah Kalley, a tradição congregacional brasileira chega a 170 anos esse ano. Caso bastante particular no protestantismo brasileiro, ao contrário de seus pares - luteranos, metodistas, presbiteriano ou batistas, que aqui chegam já com uma estrutura denominacional e burocrática montada, o congregacionnalismo se fez indentitária e teologicamente congregacional décadas depois.

Esse fato é, de longe, o mais marcante dentro desse grupo chave para se entender o evangelicalismo brasileiro. Sem adotar estrutura estrangeira, mas ao mesmo tempo, abrindo um franco diálogo com seu irmão europeu e americano, a denominada geração de 1913 se preocupou em dar uma cara a seu grupo tinha um projeto: a construção de uma identidade teológica nacional, tal como era o sonho de Kalley, e a constução de um aparelho burocrático que desse às igrejas associadas o que elas precisassem para o desenvolvimento de sua missão.

Esse foi o sonho gestado no início do século XX e que se viu pulverizado ao longo do período até nada dele sobrar - uma das provas disso é o total desconhecimento dos nomes e dos planos daqueles que formaram a denominação. 

O congregacionalismo que ora completa 170 anos, revela-se inegavelmente em crise. 

A atual ausência de uma liderança forte, a situação de penúria de muitas de suas igrejas centenárias, o êxodo, ou mesmo o enfraquecimente do número de fiéis em suas fileiras, a descontinuidade de seus dois seminários por falta de investimentos e o isolamento de tantas comunidades, demonstram o quanto o problema é sério e como não seremos salvos apenas com a criação de mais documentos confessionais..

A crise, no entanto, pode e deve ser um catalisador para se repensar onde estamos e o que queremos. Ouvi esse semana que nós, brasileiros, só consertamos as coisas à beira do abismo. Pois bem, o abismo que ora os números nos mostra, insinua que chegou a hora de voltar às fontes, começando com o projeto inicial kalleyano e o projeto denominacional da geração de 1913, daí saberemos onde estamos e para onde vamos.

foto: Primeira igreja congregacional de Belo Jardim

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domingo, 11 de maio de 2025

Que fazer de meu maior presente?


Menino Asafe,
Que nem um ano tem,
A gente fica pensando
O que essa mimosa cabecinha
Já entende.

Sua vida já começou,
Garotinho, por enquanto
Cercado de gente
Que quer o seu bem.

Dentro de você,
O que é  bem e bom,
Para encarar esse mundo
Que você já mal conhece

Por detrás,  nós:
Quem e quantos
Você tem
Que tanto bem te quer

Você, que pouco conhece,
Teus pais, que pensam
Que tudo sabem
E os avôs e avós:

Que têm certeza
De que muito ainda falta
Para se aprender.

Você, menino,
Olhando por essa janela
Tem esse mundo
Diante de você.

"Que virá  a ser, pois,
Este menino?"
Paira essa pergunta.
Que vai te acompanhando.

Não se quer palpites,
Não se acredita em prognóstico
Cremos em profecias,
Mas todas têm a mesma premissa:
As Escrituras.

E um modo sábio de vê-la aplicada:
 "O princípio da sabedoria é:
Adquire a sabedoria; sim,
com tudo o que possuis,
adquire o entendimento"

Estimamos, menino, que
Diante de um mundo
Tantas vezes mau
Você esteja habilitado

Já começou o seu treino
Sem palpite ou prognóstico,
Apenas dependente
Dessa sabedoria.

Por enquanto,  menino,
Você é apenas uma promessa
Que não se cumpre
Automática.

Hoje comemora-se um dia
Mas tua mãe é tua,
De todos os dias,
De suas entranhas você  provém.

Teu pai pôs lá a semente dele
Um dia, tudo entenderás,
Conhecendo Deus que,
Na verdade, teceu você.

Pai e mãe,  combinados,
Tentam fazer melhor
O que teus avôs e avós
Com eles já fizeram.

Sem palpite, sem prognóstico,
Por profecia, pelas Escrituras.
Que elas cheguem logo a você.

Você, menino Asafe,
É o maior presente
Que sua mamãe,
Hoje e sempre, já tem.

Você é herança do Senhor.
Que teus pais te ensinem
Só a Ele pertencer.

E esse mundo
Que, ainda, você mal vê
Nunca vai te assustar. 

sábado, 3 de maio de 2025

Mauro Ramos, Bellini e Carlos Alberto

 Estádio do Pacaembu, 1984

Na festa de reinauguração do estádio, após reforma, os capitães que conquistaram a Copa do Mundo de 58, 62 e 70, desfilam com a Taça Jules Rimet (uma réplica, pois a original foi roubada em 1983).

Na foto, Bellini (capitão de 58) segurando a Taça Jules Rimet, Mauro Ramos (capitão de 62) à sua esquerda e Carlos Alberto (capitão de 70) à direita.

Bellini, ex jogador do Vasco da Gama e São Paulo, faleceu em 2014. Mauro Ramos, ex jogador de São Paulo e Santos, faleceu em 2002 e Carlos Alberto, jogou em todos os grandes do Rio e no Santos, faleceu em 2016.

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quinta-feira, 1 de maio de 2025

Floriano Peixoto

 

Floriano Peixoto: O Herói da Guerra do Paraguai que derrubou a Monarquia Brasileira.

Nascido em Alagoas, no ano de 1839, a carreira militar de Floriano Vieira Peixoto foi destacada. Estava adido ao 2º Batalhão de Infantaria em Bagé-RS, quando irrompeu a Guerra da Tríplice Aliança. Ao ser a província invadida pelos paraguaios, assumiu o comando de uma flotilha armada de improviso - composta pelo vapor Uruguai, o "capitânia", e mais dois lanchões - cuja resistência às tropas inimigas, que marchavam pelas duas margens do rio Uruguai, muito contribuiu para a retomada de Uruguaiana.

Comissionado a 29 de setembro de 1865, foi efetivado no posto de Capitão a 22 de janeiro de 1866. Comissionado como Major, participou de todos os grandes feitos das armas patrícias em dezembro de 1868, sobressaindo em especial em Avaí e sendo confirmado, por bravura, naquele posto a 20 de fevereiro de 1869 com menção honrosa do Imperador Dom Pedro II

Destacou-se, a seguir, sob as ordens de Osório, no Passo da Pátria e, mais, em Estero Bellaco, 

Tuiuti, Tuiu-Cuê, Avaí, Lomas Valentinas, Angustura, Peribebuí, Campo Grande, Passo da Taquara quase todas as batalhas mais importantes da guerra, até o desfecho, em Cerro Corá (de onde trouxe como lembrança a manta do cavalo de Solano López). Por todos esses feitos recebeu a Medalha Geral da Campanha e diversas outras condecorações que usou orgulhosamente em seus retratos Presidênciais; foi promovido a Tenente-Coronel em 9 de abril de 1870."

Floriano teve participação atuante na queda da Monarquia Brasileira quando se recusou a cumprir a ordem, que lhe fora dada pelo Visconde de Ouro Preto, de dispersar os corpos rebeldes da guarnição da capital reunidos no Campo de Santana no dia 15 de Novembro

À interpelação do Chefe do Gabinete, que o exortava a demonstrar a mesma bravura revelada na Guerra do Paraguai, quando dominara bocas de fogo a baioneta, replicou o Marechal Floriano que, lá, as bocas de fogo eram os inimigos, ao passo que aqui eram brasileiras, aduzindo: "Fique V. Exª sabedor de que estas estrelas que trago nos punhos foram ganhas nos campos de batalhas por serviços prestados à nação, e não a Ministros"

Após se tornar o Marechal de Ferro e Consolidador da Republica, Floriano Peixoto tentou se justificar das acusações de "Traidor da Monarquia" pois apesar de ser homem de confiança de Ouro Preto, favoreceu a causa dos republicanos, que êle percebera sairia vitoriosa se Deodoro fosse bem sucedido na sua quartelada. E que essa atitude se explicava com os seus sabidos sentimentos republicanos.

Cabe citar um artigo que Salvador de Mendonça escreveu em 1913 no jornal "O Imparcial", do Rio de Janeiro, dizendo que o futuro "Marechal de Ferro" tinha sido, quando ainda Tenente-coronel, um dos signatários de um documento secreto elaborado em 1871, de adesão ao Partido Republicano, fato que seria implicitamente confirmado por  Quintino Bocaiúva quando, referindo-se a Floriano, dizia que "a nossa afinidade vem de longe"

De acordo com o Historiador Heitor Lyra, acusar Floriano de traição por não ter obrigado as fôrças governistas a saírem em defesa do Ministério não parece, igualmente, procedente, porque neste caso uma igual acusação podia ser feita aos comandantes dessas forças, a começar pelo General Almeida Barreto, que comandava a Brigada Mista, o General Barão do Rio Apa, irmão do Ministro da Guerra, que comandava a l.ª Brigada, e em segundo plano os comandantes dos corpos auxiliares - Polícia e Bombeiros da Côrte, Marinha, Polícia da Província do Rio ( fôrça tida como da confiança do irmão de Ouro-Prêto, presidente dessa Província), em suma, "todos que vestiam farda e se puseram ao lado da causa da República", como dirá um dêsses, o então major e depois deputado Oliveira Valadão ( inclusive êle próprio), "porquanto haviam jurado defender o regime monárquico adotado na Constituição do Império. 

A presidência de Floriano foi marcada por inúmeros conflitos internos no Brasil, a Revolução Federalista e a Revolta da Armada, durante sua presidência, seus apoiadores criaram um movimento político de orientação positivista denominado “Florianismo”  em que Floriano assumiu a defesa de seu governo como se a sobrevivência da República dependesse exclusivamente dele. Lançou então uma ditadura de salvação nacional. Seu governo era de orientação nacionalista e centralizadora. Foi o primeiro presidente do Brasil a ter sua imagem associada ao Messianismo Político. Grande parte de seus apoiadores eram membros da corrente jacobina, que manifestavam sua admiração ao presidente nos jornais e nas ruas. Para eles, Floriano era o “Salvador da República”  

A dura repressão imposta aos revoltosos fez com que Floriano se tornasse conhecido como o “Marechal de Ferro”. 

 Fonte: SILVA, Suely Braga da, coord. Os Presidentes da República: guia dos acervos privados. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1989. p. 15-17./Marechal Floriano Vieira Peixoto. Dados Biográficos/ História da Queda do Brasil Império. Heitor Lyra

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