quinta-feira, 9 de abril de 2020


TESTEMUNHO DA IRMÃ EUNICE LIMA DE ARAUJO, ÚNICA REMANESCENTE DO INÍCIO DO TRABALHO CONGREGACIONAL EM NILÓPOLIS 

    Neste mês de novembro, em que a nossa amada Igreja completa 37 anos de organização eclesiástica, eu, que acompanhei os seus primeiros passos, não poderia deixar de manifestar a minha alegria pelo evento. 

    Quero revelar as emoções e vibrações deste coração calejado pelas lutas, mas feliz por ter contribuído para o progresso do Evangelho nesta terra.

     Hoje eata amada igreja é forte, humilde e consagrada. Isto é resultado das robustas sementes semeadas em 25 de setembro de 1927, numa terra humilde e fértil, em sala de chão batido e luz de lampião.  Ali estava o saudoso Carlos Cesário Costa, crente consagrado, que junto com a sua família resolveu iniciar um trabalho evangélico congregacional em Nilópolis. 

     Tendo à frente o Sr. Avelino Neves dos Santos e esposa, D. Maria Neves dos Santos, realizou-se o primeiro culto.  Pouco tempo depois foram organizadas a Escola Dominical, a União Feminina, o Rol do Berço, o Coro e o Departamento do Lar. Quero chamar a atenção para o fato de que estes departamentos já estavam organizados antes da data hoje consagrada ao aniversário de organização eclesiástica da Igreja.

      Todo esse trabalho surgiu de uma visita do saudoso Rev. João Martins Sobrinho, então pastor da IEC da Passa Três, ao Sr. Carlos Costa.  Quanta saudade!

    A IEC de Nilópolis foi organizada oficialmente no dia 11 de novembro de 1932, no entanto a sua fundação, de fato, já ocorrera a 25 de setembro de 1927. Lembro-me como se fosse hoje da primeira congregação na Rua Claraíde, n° 138, hoje Maestro Djalma do Carmo, também da segunda, na casa do Sr. Januário de Castro, na Rua dos Expedicionários, mas por pouco tempo, tendo se mudado para a Rua Mena Barreto, para uma casa alugada a um judeu, que não gostou de saber que ali seria uma congregação cristã e imediatamente pediu que nós saíssemos, desocupando o prédio. É bom lembrar que o templo antigo estava começando a ser construído e nos mudamos assim mesmo, sem portas e sem janelas. A construção estava a cargo do Sr. Francisco Costa, recebido por jurisdição da IEC de Paracambi. 

      O Rev. Manoel Martins assistia mensalmente a Congregação na reunião de membros, de oficiais e na celebração da Ceia do Senhor. 

    O primeiro superintendente da Escola Dominical foi o Sr. Paulino Farias de Araujo, que também a organizou. O presbítero Adelino José Tavares substituiu o Sr. Paulino, tendo ficado à frente da Escola Dominical durante 25 anos. 

     Quanto à União Feminina, a primeira presidente foi a Sra. Evangelina Costa, que não tomou posse, por ter falecido. Foi substituída pela então tesoureira, D. Maria Neves dos Santos, que acumulou os dois cargos.  A União, sempre operoaa, trabalhava muito com a comissão de visitas, e também nas campanhas financeiras para a construção do templo. 

     A União de Mocidade teve seu início com a classe Ruth, da Escola Dominical, composta de jovens e adolescentes. Posteriormente, a UMEC foi devidamente organizada.

     A primeira diretora da União Juvenil foi a Sra. Ambrosina Medeiros e o Sr. Baldomero Leal de Araújo era o seu auxiliar. Muitas atividades foram realizadas, com torneios bíblicos, visitas, cultos ao ar-livre e passeios ao sítio do Sr. Januário de Castro, na Serra de Nova Iguaçu. Fizeram parte dessa União Juvenil os irmãos Léa, Lucy, Lizie, Lisânias, Martinho, Avelino, os irmãos Tavares, Abigail Paixão, Dorcas, Baldomero Filho, Éber, Lúcia Costa, Julinha Alves e outros que no momento não são lembrados. Clovelina Ávila foi uma das primeiras presidentes da União Juvenil. 

      Ao encerrar esse testemunho, dou graças a Deus. Aqui me batizei, como aconteceu com centenas de outros irmãos. Aqui instruímos filhos, netos, vizinhos no caminho do Santo Evangelho. Gente, valeu a pena! Quantas conversões, quantas obras realizadas, quantas visitas às Igrejas filhas, como a de Comendador Soares e de Mesquita. Hoje podemos sentir em nossos corações os vitoriosos resultados da sacrificada jornada.  Estamos conscientes de que não fizemos favores, mas sim cumprimos a obrigação para com o nosso Deus.  Anos e anos seguidos esta Igreja tem se empenhado, principalmente na Festa do Abrigo. Ainda me lembro de último caminhão repleto que nos transportava, em 1965.

     A minha última palavra é de agradecimento, que o faço em nome da União Feminina, da qual sou sócia desde 1928. Muito obrigada, meu Deus!

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