sexta-feira, 28 de junho de 2019

"É, meu amigo, só resta uma certeza:
É preciso acabar com essa tristeza,
É preciso inventar um novo o amor".

       Amor se reinventa a cada hora. Se não, não é amor. Consegue ser, ao mesmo tempo, o mesmo, para ser autêntico e, novo, totalmente. 
       Tantas outras coisas preenche. O uso de "coisas" aqui nunca foi tão precípuo. Porque amor se estabelece em meio a uma teia de conexões. 
       Por si, deve ter legitimidade. Confunde-se liberdade de amar com permissividade. Amor liberta, sim, mas exige lealdade de intenções. 
       Se se pensa em transigir, há limites para isso. Clandestinidade no amor, somente se for por caprichos de amor. Porque o amor tudo pode, ao mesmo tempo que não pode.
       Porque jamais trai. Traição não e nunca será amar. Por isso não se sabe como foi dado aos homens (e mulheres) tão nobre e incapaz sentimento. 
      Se houve quem tenha dito Deus é amor, resolveu reunir ou fundir num só duas coisas absolutamente impossíveis: "Deus", de um lado, "amor", de outro. 
      Se Deus não existe, amor então é mentira. Aí, sim, clandestino, traidor e transigente. Alguém dirá, portanto e, para tanto: é possível amor? Sim? Por quê, quem e para quê.
       Não se precisa de Deus para amar. O homem, por si, consegue ser absoluto no amor, sem Deus. Amor é invenção do homem. Deus também. Alguém diria.
      Está tão fácil para o homem (e mulheres também) dizer qualquer coisa. Relativizaram-se, definitivamente. Nunca vida e morte estiveram tão juntas.
      Daí dizer que é preciso inventar de novo o amor. Mas invenção, no sentido diverso ou no sentido absoluto? 
      Amor é invencionisse ou estabelece, por si, um padrão ao qual, necessária e obrigatoriamente precisa-se se ajustar? 
     É um, aplicado a tudo, metamorfoseado a cada situação, mas sempre se mantendo amor, sem violações. Isso ê uma pergunta ou afirmação?
     Amor ao outro. Amor à natureza. Amor a outrem, ainda que seja inimigo. Amor a que preço? Amor é sempre grátis. Amor a Deus, de Deus ou sem Deus. Pergunta ou afirmação?
      Igual, independentemente de quem: quem ama e quem é amado. Amor está além do homem. Não dá para inventar o amor. Ou dá para inventar o amor. Banal ou autêntico?
      É necessário reinventar o amor. A toda hora. Só existe amor. Não há variações ou tipos ou categorias. Ele é ou não é. 
      Quem diz que ama aqui, mas não ama acolá, mente. Pode até não querer. Mas o compromisso com amar, não tem variação ou mudança.
       E se Deus existe e é amor, o selo de legitimidade é dEle. Não existe qualquer amor. Não existe qualquer tipo de amar. Não confunda. Não banalize.

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