Rib, no hebraico, é um pleito. Na literatura profética, usualmente, aparece essa linguagem, indicada como demanda jurídica entre Deus e o povo.
Bem ilustrada no livro de Rute, Boaz convoca uma assembleia à porta da cidade para decidir, em litígio, seus direitos como resgatador da moabita.
Abraão convoca os notáveis da terra onde peregrinava para decidir a compra, por um meio legal, do local, nos carvalhais de Manre, onde sepulta sua morta, Sara, sua esposa.
Deus invoca um pleito pelo qual vai confrontar Israel do Sul por acusações que tem contra ele. O profeta passa a enumerar.
Que terra estrangeira foi menos fiel e seus ídolos, do que Israel tem sido para com o Deus vivo? Israel é escravo nascido em casa ou filho? Por que, então, vai perder sua herança, tornando-se presa dos impérios vizinhos?
Perambula procurado acordos, mas ora ao norte, no Eufrates, ora ao sul, beirando o Nilo, esses reinos lhes saquearão o que tem.
Pois qual a razão dessa perda política de sua autonomia, segundo a avaliação do proefeta? Ele menciona a malícia e infidelidade do povo, mais sua falta do temor devido unicamente ao nome do Senhor.
E passa a discorrer a história, de como, para Israel, na identidade tanto de Deus, como libertador, quanto do povo, como escolhido, foi seu jugo quebrado, no Egito, sendo transplantado para ser plantado como vide frutífera entre as nações.
Pois não poderá amenizar sua falta, como a dizer, de si mesmo, nada a ver, uma vez que insista com sua devoção aos ídolos. E, como postura assumida, indicando, com isso, que não esteja nem aí para o Deus vivo.
O teu rastro de infidelidade aparece a ti mesma e a quem com ti convive, oh dromedária nova e no cio pelo pecado. Não há ritual de purificação com que representes, como pantomima, falso arrependimento. Tua concupiscência não tem freio, teu cio pelos ídolos é declarado, não aceitas exortação.
Definitivamente, não aceitas o padrão do Deus vivo, para ti constróis teus ídolos ou compartilhas com teus vizinhos. Reis, príncipes, sacerdotes e até profetas são como ladrões pegos em flagrante delito.
Pois agora que o inimigo potente baterá à tua porta, procura os deuses, a quem denominastes meus (teus) pais, para que te livrem do poder deles. Tens tantos deuses quantas são as vossas cidades. Certamente, então, quem sabe, poderão livrar-te da espada do inimigo.