quarta-feira, 28 de abril de 2010

RAÍZES DA SANTIDADE

O significado da palavra ‘raízes’ se torna, aqui, muito útil para entendermos em que sentido, no uso figurado desse termo, aplicamos à afirmação de que as raízes de nossa santidade estão em Jesus Cristo.

Basicamente por duas razões: (1) raiz dá sustentação e suprimento; (2) por meio dela, fluem os nutrientes de uma planta, ou seja, por meio da raiz há uma ligação entre o ser, propriamente, e a fonte de seu suprimento.

No caso de nossa relação com Jesus, a Bíblia afirma que estamos ligados a Ele, desde que o aceitamos como Salvador de nossas vidas. A Bíblia chama essa ligação de batismo. Não, propriamente, o ritual com água utilizado alhures, nas diversas igrejas locais, mas especificamente o batismo no (ou com) o Espírito Santo, realizado pelo próprio Jesus, no momento em que confirmamos nossa fé nEle.

Pelo menos por três razões afirmamos, com toda a certeza, que as raízes da santidade estão em Jesus Cristo: (1) somente Jesus é Santo, como o Pai e o Espírito, de modo igual, também são; (2) somente por meio e a partir de Jesus provém a santidade da qual nos tornamos participantes; (3) somente por meio da morte e, principalmente, da ressurreição de Jesus tal santidade pode ser, conosco, compartilhada. Vamos analisar ponto por ponto.

Deus é o único santo em essência. O significado do termo ‘santo’ é ‘separado do pecado’. Pecado e santidade são, definitivamente, coisas à parte, distintas, distantes, separadas uma da outra. A Bíblia apresenta definições e até mesmo palavras diferentes para definir o termo ‘pecado’. Vamos, aqui, apenas indicar que se trata da não conformidade com o padrão de Deus.

Jesus é santo porque, primeiro, teve uma origem diferente da nossa. Ele foi gerado por Deus no ventre de sua mãe, Maria e, por causa dessa origem distinta da nossa, não foi, como nós o somos, geneticamente, vamos dizer assim, contaminado pelo pecado. Por isso Jesus é chamado 'unigênito', ou seja, o 'filho único' de Deus. Porém, uma vez nascido, Jesus adquiriu, como qualquer homem nascido de mulher, os riscos de pecar, ou seja, afastar-se, recusar e rejeitar, conscientemente, os padrões de Deus.

A prova de que Jesus não agiu assim foi que, uma vez morto, assassinado num complô entre autoridades romanas e judaicas, na Palestina do século I, Deus o ressuscitou na madrugada de um daqueles domingos do primeiro século. Aqui, com relação à santidade, uma coisa comprova a outra, ou seja: se Jesus não fosse santo em sua essência, do mesmo modo que o Pai, este nunca o poderia ressuscitar de entre os mortos. A ressurreição de Jesus é prova cabal de Sua absoluta santidade.

Quanto ao fato de sermos santificados, isso passa a ocorrer a partir do momento de nossa união a Jesus, que ocorre no momento em que somos, por Ele, batizados no Espírito Santo, que o próprio Jesus concede aos que, verdadeiramente, creem nEle. O próprio Espírito Santo passa a ser o principal agente de nossa santificação. Não somente por que, no ato do batismo ─ que significa, ao mesmo tempo, a entrada do Espírito Santo em nossa vida e a nossa união a Jesus ─, esse mesmo Espírito nos (1) regenera, mas também porque (2) passa a reeducar as nossas preferências e escolhas e (3) passa a nos dar suporte para, quando optarmos pelo padrão de Deus, ter condições de pôr em prática esse padrão em nossas vidas.

É por isso que Jesus Cristo se constitui no principal veículo, para usar este termo, da santificação e o único, por meio do qual, podemos, objetivamente, ser participantes da santidade de Deus. As raízes de nossa santidade estão em Jesus Cristo. Sem fraude, sem falência.

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