domingo, 7 de abril de 2024

Relevância do texto dissertativo-argumentativo

    O texto dissertativo-argumentativo, este escolhido pelo Departamento de Atividades Ministeriais da UIECB - União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil, é considerado o ponto de partida para avanço adiante no contexto acadêmico.

  Por isso que no ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio, organizado ao nível do Ministério da Educação e Cultura, ele marca a transição do final da Educação Básica, como mecanismo de acesso à graduação, oferecida pelas várias Faculdades e Universidades que constam da lista de acesso.

   A formulação desse denominado gênero dissertativo de texto subdivide-se em três partes: (1) Introdução, (2) Desenvolvimento e (3) Conclusão. Embora essas partes apareçam, aqui, assim classificadas, no texto final se entrelaçam por recursos linguísticos, especificamente os denominados marcadores de coesão.

   Essa interconexão se revela no texto, por sua clareza, correção sintática, ortográfica e gramatical, expressa por sua coerência argumentativa. Na Introdução deve aparecer explicitada a tese ou frase afirmativa que expressa a opinião do candidato, em reposta ao tema proposto.

   Logo após essa afirmação, devem vir anotados que argumentos serão discutidos, como garantia e confirmação dessa tese proposta e já escrita pelo candidato. Pode-se dizer que até aqui escrevemos o primeiro parágrafo.

   A continuidade do texto já está, de antemão, definida, pois serão discutidos, ampliados e confirmados os argumentos mencionados na Introdução. Nesta parte do Desenvolvimento é que deve se destacar a capacidade e genialidade de quem escreve.

   Além da norma culta da língua, desde o começo do texto assumida, o repertório sociocultural do candidato vai aparecer. Marcadores de coesão, que são termos gramaticais que evitam repetições e conferem unidade ao texto, vão construir a condução do raciocínio e a estruturação do texto, estabelecendo sua coerência.

      Esta coerência, por sua vez, vai revelar esse mencionado repertório sociocultural do candidato, resultado de sua experiência com a leitura, a lucidez de raciocínio e a capacidade de ser flexível no uso da norma culta da língua portuguesa. 

    Todo esse aparato é fundamental na formação pastoral, mesmo porque a vida do futuro ministro vai requerer argumentação na defesa de suas convicções, na oratória no púlpito, no aconselhamento pastoral e em sua produção textual rotineira. Principalmente, como sempre se deve supor, em dar continuidade a sua formação acadêmica.

   Retornando ao texto, uma vez terminada a argumentação, que representa a parte que corresponde ao Desenvolvimento, no último parágrafo deve constar a conclusão do texto, que não será aleatória, mas deverá articular-se com essa parte anterior, apontando para uma solução da tese exposta na primeira linha do texto.

   E essa conclusão deve ser concreta, e não vaga ou por demais genérica, indicando solução clara, prática e exequível, definindo quem ou como, por que meios e com que finalidade está sendo proposta.

   Esse gênero textual, que propõe uma tese, em resposta a um tema indicado, reflete um procedimento que se aplica, no contexto acadêmico, em grande escala. Os trabalhos requeridos nos variados níveis de formação sempre exigem esse procedimento, do qual o texto dissertativo é esboço geral e embrionário.

   Portanto, desde uma simples argumentação, utilizada em aconselhamento pastoral, numa exortação, em aulas de escola dominical, estudos bíblicos e até no púlpito, uma ideia regente que atende a uma temática ou problema levantado, será acompanhada por argumentos e visa uma conclusão final.

    Na vida acadêmica, em maior ou menor escala, Tabalhos de Conclusão de Curso - TCC, Monografias, Dissertações de Mestrado e até mesmo Teses de Doutorado sempre apresentam um problema a ser solucionado, que será sustentado por argumentação consistente, visando a apresentação final de uma conclusão.

   Por isso o texto dissertativo-argumentativo representa, na vida do pastor, uma habilitação coerente, necessária e plenamente condizente com sua atividade, levando-se em conta o modo como a formação acadêmica faz, certamente, parte da formação ministerial, ao lado das convicções que acompanham a autêntica vocação. 

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