domingo, 14 de abril de 2019

Artigos soltos 42

        Eu te conhecia só de ouvir falar. Agora meus olhos te veem. Que "ouvir falar" é esse e que "meus olhos te veem"? Jó, no decurso de um tempo, afirmou que teve essas duas experiências de (ou com) Deus.

     A ideia de Deus nos empolga. Imaginamos esse Deus. Enorme, todo-poderoso, Criador de céus e terra, enfim. E aí, a Bíblia diz que ele se fez homem. 

     Ideia muito bonita. Romântica, diríamos. E logo imaginamos, ora, como imaginamos um Deus a nosso serviço. E, novamente, a Bíblia diz que Jesus, o Filho, Deus que se fez homem, "não veio para ser servido, mas servir e dar a sua vida por muitos".

      E o profeta Isaías, no Antigo Testamento, afirma que "Deus trabalha por aquele que nele espera". E do outro lado? Estão os que não creem. Têm como absurda toda essa história. Diante desse absurdo, dou razão a eles: ou fé, ou se crê, duma vez, ou se denuncia como totalmente ridícula toda essa história. 

      Qual a nossa prioridade? Qual a prioridade de Deus se, afinal,  de uma vez, nEle cremos? Descanso. A existência que o homem tem, não a planejou em parceria com Deus. Mesmo assim, Ele pretende caminhar conosco. Mas tem suas prioridades. A primeira, é nos livrar da morte e todas as suas consequências e sequelas.

      Ele faz. Fez-se homem, como homem morreu e ressuscitou. E nós, batizados nessa morte e ressurreição, unidos a Jesus Cristo, somos salvos do essencial. Assim como o sofrimento em nossa vida pressupõe morte, a fé em Jesus antecipa vida. Em Jesus, todas as saídas (e entradas) da vida.

      Conhecer Deus de ouvir falar. Olhos verem. Essa é a diferença entre crer e não crer em Jesus.  Felipe o apóstolo pediu a Jesus "mostra-nos o Pai e isso nos basta". Desejo ler este versículo a partir do que nos basta. O que nos basta?

      O autor de Hebreus diz que vemos aquele que é invisível e, assim, caminhamos por fé. Jesus disse a Tomé, outro apóstolo, "bem-aventurado os que não viram e creram". Decisivamente, ver não está associado a crer, vice-versa. Isso nos incomoda.

      Mas também nos fascina. A fé é fascinante: "certeza do que se espera, convicção do que não se viu". Gozado que, da renascença para cá, que a humanidade denomina "idade da razão", acreditam que somente a ciência traz certeza. Mas ela tem a mesma definição de fé. 

     É certeza do que ainda não descobriu como, por exemplo, cura de várias doenças, detalhes sobre a própria criação, enfim. Assim como reafirmar elos da evolução, que ainda não localizou ou não confirmou que existem, assim como não filmou o big-bang, para confirmar que ocorreu.

       Ciência não contradiz fé e vice-versa. Ambas lidam com objetos diferentes. Ciência dá conta do mundo físico. A fé se projeta para além deste mundo físico. Aponta para o Criador do mundo físico. Ambos, ciência e fé, são dons de Deus. Ele é autor de ambas.

      Mas não é fé na ciência que nos une a Deus. E nem fé na fé. Mas fé em Deus. Tenha fé em Deus.

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