quinta-feira, 24 de maio de 2018

Mal traçadas linhas 81

         Todas as coisas.

        "De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra."
                                    Efésios 1:10

       Professor de português, sempre simpatizei com os pronomes indefinidos. Exatamente pelo seu poder implícito de generalização e síntese, ao mesmo tempo.

      De um modo que, às vezes, faz com que se igualem em seu significado. Por exemplo, dependendo do ponto de vista, "nada" é igual a "tudo".

     Alguém dizer, mesmo que mentindo, "não sei de nada", quer e pode mesmo dizer: "não sei de tudo". Assim como dizer "não vi ninguém" também seria dizer "não vi alguém".

      Pois no texto acima "todas as coisas" quer exatamente dizer "todas as coisas". E ainda para incorporar, de uma vez, acrescenta "tanto as do céu como as da terra".

      Cristo reúne em si tal convergência. Mal comparando, vamos evocar Tim Maia: "tudo é tudo, nada é nada". Propositalmente vamos estabelecer aqui esse grau de relevância entre essas duas pessoas.

     Aliás, se alguém (opa! desculpe a indefinição, mas preciso generalizar: posso dizer "se qualquer um") avalia aqui que deprecio, com esse comentário acima, o cantor, saiba que não.

     Até tenho a caixa de todos os CDs dele. Do Leme ao Pontal. Aliás, de novo, Jesus e Tim Maia tem tudo a ver. Uma profunda e verdadeira história de amor.

     Todas as coisas, inclui eu e Tim Maia. Aliás, no caso dele, incluiu, incluía ou incluiria, dependendo do ponto de vista.

      Porém, para não usar, de novo, "aliás", afirmo que, para Deus e para Jesus, o principal desse "todas as coisas" são as pessoas.

     Tão somente para Deus e para seu filho Jesus (inclua o Espírito Santo, também presente na argumentação de Paulo Apóstolo), o mais importante são as pessoas.

     Para ninguém (olha mais uma vez um indefinido) mais ou, se você preferir outra formulação, para nenhum outro, nem para as próprias pessoas, as pessoas importam.

     Deus ama todos. Deus ama qualquer um. Deus ama quem quer que seja. Ele não faz acepção de pessoas.

     Quanto a nós, pessoas, nós não amamos todas as pessoas, quaisquer pessoas, nós, sim, fazemos acepção de pessoas.

       E, para encerrar, veja abaixo mais um show de indefinidos que, na verdade, presta serviço de inclusão. Todos aí embaixo significa todos.

       E esse sonho, não, porque como diz Cláudio Duarte, Deus não dorme, mas como diz Paulo, "mistério de sua vontade e beneplácito proposto em Cristo", que se chama igreja: "congregar em Cristo todos e tudo, no céu e na terra".

      "E sujeitou todas as coisas a seus pés (falando de Jesus), e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos."
                               Efésios 1:22,23

        Deus ama a todos. De modo igual e com a mesma intensidade. Aliás, amor não tem intensidade. Deus ama. Ponto. Não ama muito. Ama. Ponto. Em Jesus Cristo, Deus cumpre "tudo" e em "todos".

       Deus deseja congregar todos em Cristo. Comunhão. A fim de que todos amem todos como Ele mesmo ama. A mesma comunhão que Jesus tem com Deus, tenhamos, uma vez unidos a/em/por Cristo.

     

   
   



     

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário