domingo, 21 de janeiro de 2018

 "Um velho ateu, um bêbado cantor, poeta
Na madrugada cantava essa canção, seresta:
   'Se eu fosse Deus a vida bem que melhorava
Se eu fosse Deus daria aos que não tem nada.'"

        Desses versos, a única coisa que já começo a ser é velho. No mais, não sou bêbado, nem cantor ou poeta.

         Quanto a dizer que, se fosse Deus, bem, dar aos que não tem nada, nada tem a ver com Deus. Isso é coisa de homem.

          Aliás, para isso acontecer, Deus não precisa existir. Mas o ser humano não é bom. E os que são, geralmente não são os que poderiam urdir justa distribuição de renda.

          Ateu costuma listar uma porção de razões por quais eles acham que os outros creem em Deus. Não entendem nada de Deus, nada de fé e gostam de se meter na vida dos outros.

         Não sou e acreditar em Deus é problema meu. Não acreditar, é problema seu. Você nunca vai entender como posso conceber Deus. E não vou nunca entender como é possivel negá-lo.

         De parte a parte há incômodos. Ora, metam-se cada um com sua fé: tanto os que não creem, como os que creem. Pela ciência, critério tão caro a eles, sua religião, julgam possível confirmar.

          Todos eles são, então, cientistas. Existência ou não de Deus não é objeto de ciência. Mesmo porque ela não explica tudo. E achar que explica, também é viver por fé. A fé ateia. Por que invocam ciência? Insegurança. Precisam provar sua não fé.

        

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