quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Pastorais em Filipenses


  Se há.

  Em Filipenses cap. 2, Paulo usa de refinada ironia, argumentando se aqueles crentes identificam, em Cristo, ponto de partida para o que se refere à igreja.

  Somos capazes de estabelecer convivência em grupo, apta para experimentar e pôr em prática qualquer harmonia de propósitos. Porque minha origem é o Rio de Janeiro, gosto de usar como imagem as Escolas de Samba.

   Como se esforça aquela gente. Já se decantou até em samba como o esforço de todo um ano aparece com brilho supremo no Carnaval: são 36 juízes para 9 quesitos. Tudo muito lindo, mas essa harmonia não é igreja.

   Para ser igreja, parte, provém de Jesus. Paulo relaciona: a partir de Cristo, para ser igreja, provém (1) exortação, (2) consolação de amor, (3) comunhão do Espírito e (4) entranhados afetos e misericórdias.

  Somente então será possível que, agora sim, esse distintivo de grupo, apresente: (1) pensar a mesma coisa, (2) ter o mesmo amor, (3) ser unido de alma, (4) ter o mesmo sentimento (que houve também em Cristo Jesus), (5) nada fazer por partidarismo ou vanglória, (6) considerar o outro superior a si mesmo e last, but not least, (7) não ter em vista o que é propriamente seu.

   Cada elemento desses provém de Jesus. Torna-se engenharia do Espírito, em amor, entranhado em nós por afetos e misericórdias. E aparece o que, no conjunto todo, pode-se chamar comunhão.

   Acho que, nesse texto, Paulo pormenoriza os elementos do que seja comunhão e seu resultado prático na igreja. Escola de Samba é um espectáculo bonito. Tem marcas da arte e da genialidade humana, bem brasileira.

   Mas igreja, comunhão, somente com a marca de Cristo, proveniente dEle, promovida pelo Espírito, em amor, em nosso meio.

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