sexta-feira, 30 de setembro de 2016


     Daniel como político.

      Infelizmente a classe política em nosso país, independentemente dos partidos, é muito desvalorizada. E a razão disso não é o rigor da crítica social, porém a constatação de que a imagem deles está desgastada por sua própria conduta.

     Em Dn 1:21 já encontramos uma nota que diz ter ficado, na mesma posição a que ascendeu no tempo de Nabucodonosor, até os dias de Ciro, rei persa que invadiu a babilônia em 538 a.C. Isso dá um total de 67 anos de serviço, pelo menos, considerando 605 a. C. o ano em que, ainda jovem, foi levado de Jerusalém cativo na primeira de três levas.

      Se aquele jovem tinha, digamos, 18 anos, teria 85 quando foi chamado por Belsazar, filho de Nabonido, para decifrar MENE, MENE, TEQUEL, UFARSIM. Após a morte de Nabucodonosor, reinaram mais três imperadores em Babilônia, apenas um deles, Evil Merodaque, mencionado por Jeremias.

       Daniel, como político burocrata do Império, (1) resiste ao teste do tempo, permanecendo íntegro; (2) mesmo desagradando Imperadores, se fosse necessário, como no caso da tradução das inscrições, teve total credibilidade; (3) não se deixou corromper, sem afastar-se do padrão de Deus, da juventude à velhice; (4) coragem, integridade e fidelidade ao Senhor num regime opressor, em tudo desfavorável, em nada democrático.

        Quem dera tivéssemos uma quantidade significativa de políticos como Daniel. Infelizmente, até os denominados "crentes" têm envergonhado o nome do Senhor. Ó, Pai, que venham tempos de refrigério, rigor com os desonestos da classe política e consciência para que tenhamos cidadãos sábios e exigentes em sua escolha.

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